quarta-feira, 30 de abril de 2008

Mazda destrói 4.500 carros novos para preservar imagem.



Mazda destrói 4.500 carros novos para preservar imagem.
Naufrágio provocou a inutilização dos carros


Numa inversão total de seu papel, a Mazda, fabricante japonesa ligada à Ford, está destruindo um total de 4.703 carros zero-quilômetro. A empresa não quer que os veículos, que mergulharam no oceano Pacífico num naufrágio, há cerca de 2 anos, caiam em mãos de particulares ou comerciantes pouco escrupulosos. O cargueiro Cougar Ace passou semanas adernado, numa inclinação de mais de 60 graus, até finalmente afundar, levando consigo sua preciosa carga. Como os veículos estavam acorrentados aos seus lugares, a maioria não sofreu danos decorrente de choques. Mas foram submetidos à ação corrosiva da água do mar, além do contato com fluidos variados que vazaram dento da área de armazenamento.
Apesar de haver inúmeros interessados em adquirir os carros por preços aviltados, mesmo com o risco de problemas, a Mazda decidiu não colocar sua imagem em risco e irá destruir a todos. A fabricante diz que, se eles fossem vendidos, não poderia se garantir no futuro contra possíveis processos em função de acidentes causados pela corrosão, citando como exemplo a possibilidade de um airbag não se abrir numa colisão. Outra preocupação era a possibilidade de pessoas mal intencionadas “esquentarem” os carros para vende-los como semi-novos em outros países. Custo elevado - Além do prejuízo com a perda dos carros, estimado em cerca de US$ 100 milhões (R$ 170 milhões), a Mazda precisou criar uma verdadeira linha de desmontagem na cidade americana de Portland. A operação precisou incluir a retirada de todos os fluídos do carro, como óleo, gasolina e fluído de freios, para evitar a contaminação ambiental. Para evitar que peças sejam revendidas, todos os componentes metálicos serão cortados em pedaços, da mesma forma que os pneus.
Um componente que requer muita atenção é o airbag, que tem alto valor de revenda no mercado paralelo. Como a retirada de um por um tomaria até meia hora por carro, os engenheiros criaram um dispositivo que faz com que todos os seis presentes nos veículos sejam inutilizados de uma só vez, inflando como numa colisão. Todos os rádios e CD players também estão sendo destruídos.


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