Comissão Européia pode estipular multas de até 10% da receita anual de uma companhia caso encontre comprovação de formação de cartel.
A Philips Electronics se tornou o mais recente nome em uma investigação mundial sobre suposto cartel no mercado de tubos de raios catódicos (CRT) usados em televisores e monitores de computador.
O anúncio foi feita nesta quarta-feira (21/11), um dia depois de a Comissão Européia informar que havia estipulado punições para a Sony, Fuji e Maxell que envolvem multas de 74 milhões de euros pela fixação em conjunto de preços em um outro segmento de mercado, o de videotapes profissionais.
A multa da Sony ainda foi elevada em 30% pela acusação de que a companhia obstruiu a investigação.
A Comissão informou, no início deste mês, que havia invadido escritórios de diversos fornecedores das telas CRT pela suspeita de envolvimento no cartel, apesar de não citar seus nomes.
A Korea's Fair Trade Commission também examina um possível comportamento de cartel entre os fabricantes de CRT parceiros da Matsushita e Samsung, segundo informações da imprensa local.
A Comissão pode estipular multas de até 10% da receita anual de uma companhia caso encontre comprovação de formação de cartel para estabelecer preços ao consumidor final ou restringir a oferta de produtos ao mercado.
A Philips informou hoje que autoridades de diversas localidades começaram investigações para averiguar possíveis comportamento anticompetitivo. O porta-voz Joon Knapen não fez nenhum comentário adicional. A empresa informou que vai cooperar com as investigações e que sua política é de agir conforme as leis.
"Como essa investigação está em seu estágio inicial, a Philips não se encontra em posição de fazer previsões ou comentários", disse a empresa.
As telas de CRT estão rapidamente sendo substituídas pelas de cristal líquido (LCD) e outras telas planas, apesar de ainda serem vendidas. A Philips produziu CRTs até meados de 2001, quando formou uma joint venture com a LG Electronics.
Não há uma data para o encerramento das investigações, de acordo com a comissão. O processo também poderá envolver autoridades americanas.
James Niccolai-IDG News Service, França
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