sábado, 29 de dezembro de 2007
Salão de Detroit 2007 ---
O Salão Internacional do Automóvel da América do Norte (Naias, na sigla em inglês) – mais conhecido como Salão de Detroit – está completando 100 anos, mas ao contrário do que se poderia imaginar não comemora em grande estilo. (Ao lado, fotos em preto e branco das edições de 1910 e 1954). A mostra, é verdade, cresceu muito em importância, especialmente nos últimos 19 anos, quando evoluiu de um salão mais focado em produtos americanos para uma profunda internacionalização e freqüentes primazias mundiais. Sua marca registrada eram os espetáculos em que se transformavam as apresentações: impressionantes shows de luzes, sons, efeitos especiais e ate fogos de artifício especiais para ambientes fechados.Como em um passe de mágica a pirotecnia terminou justamente no ano do centenário. Detroit agora está igual aos demais salões internacionais. Apresentações enxutas, executivos lendo textos em teleprompters, iluminação discreta, alguma trilha sonora e ... foco nos carros. Os quase 7.000 jornalistas presentes ao Cobo Hall atribuem a mudança ao momento muito difícil por que passam as chamadas Três Grandes marcas americanas – GM, Ford e Divisão Chrysler da DC – mergulhadas em bilionários prejuízos e pressionadas pelas marcas asiáticas (japonesas e coreanas, por enquanto).O ambiente ficou mais desanuviado quando se conheceram os resultados da promoção de Carro do Ano e Veículo Comercial do Ano da América do Norte anunciados logo depois da abertura oficial da exposição. Um júri de jornalistas americanos de diferentes órgãos apontou o sedã médio Saturn Aura e a picape pesada Chevrolet Silverado como os vencedores de 2007, interrompendo uma serie de bons resultados de marcas japonesas.A única ousadia, nesse primeiro dos três dias reservados a imprensa, foi da Mercedes-Benz. Nada de muito investimento. Metade da área do estande foi transformada numa superfície de patinação imitando gelo. Quatro artistas fizeram algumas evoluções em torno do Classe S 4Matic (tração 4x4) pouco antes da apresentação formal de outras novidades da marca – Vision GL420 Bluetec, um utilitário esporte com motor diesel V8 exibido ainda como carro conceito, da mesma forma que o Classe S conversível batizado provisoriamente de Ocean Drive.Isso não diminui, no entanto, o grande interesse pelo Salão deste ano – nonagésima primeira edição em 100 anos significando interrupções apenas de 1941 a 1952 como conseqüência da II Guerra Mundial. A contabilidade oficial, sempre exagerada, aponta 33 estréias mundiais de veículos de serie e 26 carros conceitos também em estréias mundiais, alem de 11 apresentações regionais para a América do Norte.
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