sábado, 29 de dezembro de 2007
Vectra hatch ganhará sigla GT, Gran Turismo
Hábil em manter seus produtos na mídia, a General Motors volta a adotar a técnica de divulgação paulatina de informações sobre novos produtos. De início, a marca fez isso com o Chevrolet Prisma, afirmando sempre que seria um carro totalmente novo e não um Celta sedã. Agora, ela faz o mesmo com a pretensa versão hatch do Vectra, nada mais do que a nova geração do Astra na Europa. Aqui no Brasil, a empresa já definiu: o Astra europeu se chamará Vectra GT e chega no segundo semestre deste ano ao mercado.Conforme havíamos antecipado em fevereiro quando a empresa divulgou que tinha tido parte no desenvolvimento do Saturn Astra, isso indicava o lançamento de um novo produto no Brasil. Só não imaginávamos que o carro seria chamado de Vectra hatch, ou GT, como se sabe agora que ele será batizado, ainda que fosse algo mais do que previsível. Em países mais desenvolvidos acontece um fenômeno muito interessante com os automóveis. A cada nova geração eles costumam ganhar corpo, crescendo em entreeixos na mesma medida em que seus primeiros compradores conseguem empregos melhores, começam a ter filhos e precisam de carros com mais espaço interno. É como se eles evoluíssem junto com o consumidor.O Golf, o Passat, o Fiesta, o Corolla e o Civic são exemplos disso, entre outros modelos. O Kadett, por exemplo, era a evolução do Chevette, que se chamava Kadett, na Europa. No Brasil, isso era seguido mais porque os projetos vêm de lá do que por uma necessidade de mercado.Ainda não há, no Brasil, um mercado com volume razoável para carros mais luxuosos, em boa medida por conta da alta carga tributária praticada por aqui. O Vectra europeu seria muito caro para produção nacional, segundo a GM, o que permitiu o nascimento do modelo atualmente à venda, um Astra com entreeixos maior, em termos muito simplistas. Na verdade, o carro utiliza a plataforma da Zafira, que é derivada da do Astra. Tanto é assim que o Vectra nacional foi lançado no Leste Europeu como Astra Sedan, o que mostra que ele é um carro adequado a países emergentes.O sedã derivado do modelo europeu do Astra, mais moderno, custaria muito caro, na Polônia e no Brasil. Só que lá, por conta da proximidade com o mercado da Europa ocidental, foi mantida a identidade do modelo.Para que o Astra europeu pudesse ser lançado no Brasil, ele precisaria levar o nome de um modelo mais luxuoso: Vectra. Não se assuste, portanto, se a próxima geração do Astra for exatamente igual ao novo Corsa europeu .Prova de que o novo Vectra GT é o Astra está nas próprias fotos divulgadas hoje pela empresa, respectivamente as três primeiras da galeria ao lado. Fora a primeira imagem, uma ilustração absolutamente desnecessária, considerando que o carro já existe, as duas fotos seguintes, do emblema GT, mostram parte da lanterna. No material de divulgação do Astra europeu, que leva o emblema da Opel, há um carro da mesma cor, com o mesmo close da lanterna, só que do outro lado. Trata-se da quarta foto da galeria. Leia atentamente o nome que o emblema do carro traz.A chegada no novo hatch, mais do que a tentativa de conquistar consumidores interessados em carros médios mais sofisticados, aponta para a aposentadoria do Astra Sedan, que pode ser suprido pelo Vectra Expression e pelo GT.De qualquer forma, o que o GT pode indicar mesmo é uma estratégia mais ampla. Com a produção do hatch, fica mais fácil para a GM produzir também a versão perua, um produto que ainda não foi lançado no Brasil e que está nas duas últimas fotos da galeria.Se a tendência de retorno das peruas ao mercado se consolidar, como as vendas da Mégane Grand Tour e da Jetta SW devem começar a mostrar em breve, é bem possível que a GM se preocupe em incluir uma perua grande novamente em sua linha. Ainda mais ela, que sempre se orgulhou de ter a linha mais completa do mercado.
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