sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Fiat Mille Economy quer tratar melhor bolso e corpo do motorista





Dentro de suas óbvias limitações, o Mille cumpre bem o seu papel de 1º carro e de veículo de frota
EUGÊNIO AUGUSTO BRITO Enviado especial a Fortaleza (CE)Depois da
apresentação oficial do modelo à imprensa, realizada na quarta-feira (27), a Fiat promoveu um rápido test-drive com as duas versões do Fiat Mille Economy 1.0 flex, a Fire (básica) e Way, esta com padrão diferenciado e mais esportivo no acabamento externo e dotada de suspensão mais alta e pneus de perfil 70. UOL Carros participou do evento, realizado nesta quinta (28) em Fortaleza, no Ceará. Além de voltas num autódromo, em condições quase que como de laboratório -- já que o foco do modelo é a economia de combustível --, os carros foram experimentados em ruas da capital cearense, em situações mais próximas às do trânsito real enfrentado no cotidiano, e que permitiram uma melhor observação dos detalhes da linha 2009.De cara, vale notar que, embora o Mille possua um projeto que muitos consideram ultrapassado, com cerca de 25 anos e praticamente nenhuma mudança estrutural nas 2,8 milhões de unidades fabricadas neste período no Brasil, deve-se levar em conta a principal razão de ser de um modelo como este: sua compra é baseada na racionalidade.
É um veículo que serve como primeira compra, seja pelo fator preço (a versão Fire quatro portas é anunciada por R$ 24.970, enquanto a duas portas sai a R$ 23.240), e para atender a frotas particulares que querem baixo custo em geral. Em ambos os casos, há ainda a questão do custo de manutenção do modelo, que, segundo a Fiat, segue sendo o mais baixo entre os automóveis do país.Considerando isso, é possível notar que mesmo pequenas alterações no novo Mille, com pouco ou nenhum impacto no custo final, acabam sendo muito bem-vindas. Percebe-se, já antes de entrar no carro, a adoção de pequenos "agrados" ao consumidor, como o uso do cromado na grade e em detalhes como o novo logotipo da fabricante, que passam a impressão de alguma sofisticação e cuidado com o veículo ("Brasileiro gosta de cromado", foi uma das frases ouvidas nesta quinta-feira de testes).Ou então o ligeiro aumento na altura do veículo (o que, segundo os engenheiros, não alterou sua estabilidade), lanternas traseiras escurecidas e saída de escapamento de perfil achatado -- itens que sugerem uma maior esportividade, e portanto uma sensação de carro com maior valor agregado. Até a chave tem seu grau de sofisticação: com detalhes em vermelho e prateado, pode ter parte de seu corpo plástico retirado e substituído por outro, com comandos do alarme integrados.POR CIMAA altura dos Mille testados, aliás, pareceu um diferencial importante. Com cada vez mais motoristas buscando uma posição mais
confortável e que passe maior sensação de segurança ao volante (aquela de "quem observa tudo do alto"), ter alguns centímetros a mais pode decidir uma disputa. Nesse quesito, o Mille Fire Economy, com seus 1,44 m de altura (a versão Way tem cerca de 1,49 m), está literalmente acima do Volkswagen Gol Geração IV (1,41 m), Ford Ka (1,42 m) e até mesmo do "primo" Palio Fire (1,43 m).

Por dentro, o Mille apresenta melhorias no padrão de acabamento, o que conta pontos. O vão que existia entre o pára-brisa e o revestimento do teto, e que servia de "porta-objetos" informal ao mesmo tempo em que trazia problemas de ruído, desapareceu. O painel teve seu grafismo melhorado e aparece incrementado pelo mostrador do Econômetro, uma versão analógica, pode-se dizer, do indicador de consumo instantâneo de carros com computador de bordo. Novas cores também para entradas de ar.Claro, muitas das características do modelo foram mantidas. Ainda estão lá o excesso de linhas retas, que entregam a idade do projeto, o formato complicado dos mecanismos de controle do sistema de ventilação e a posição ruim do rádio, muito baixa. Faltam ainda itens como porta-copos, e o porta-malas segue com seus 290 litros de espaço (a bolsa porta-objetos da porta diminuiu). Mas a manutenção de padrões também significa que o modelo segue com bom espaço interno tanto para motorista e passageiro da frente, como para ocupantes do banco traseiro, e que o câmbio permanece macio e com bom engate de marchas

DIRIGIBILIDADE
A lógica do Mille permanece: leve (830 kg na versão quatro portas) e com as mudanças para a diminuição de atrito, o carrinho consegue uma boa agilidade em partidas, acelerações e retomadas, sem muito esforço por parte do motorista, mas dentro dos estreitos limites de um carro com motor de 1 litro e 65/66 cavalos de potência. O nível de ruído interno, porém, é ainda um ponto fraco.Vale dar mais atenção á presença do medidor de consumo instantâneo, o econômetro, que por si só (com suas cores vibrantes) "pede" para ser olhado. O Mille virá ainda com um pequeno manual de "direção econômica", trazendo dicas e conselhos de prática de direção mais suave, que permitam um menor consumo de combustível e emissão de gases. Vale a pena estudá-lo e adotar suas medidas.Até porque dirigir com base apenas nas indicações do econômetro pode transformar-se numa busca obsessiva pelo nível de menor consumo, e que poderia até fazer o motorista dar menos importância ao restante do trânsito (velocidade, alterações de direção, entre outros). São três fases de aferição. A primeira (branca) registra o regime do motor em ponto morto. A amarela mostra a situação do motor em momentos de consumo normal, como em arranques e retomadas. Já a verde mostra o melhor ponto de consumo em tomadas instantâneas, mas não lineares, segundo a engenharia da montadora.Traduzindo: essa área indica uma taxa de consumo, naquele momento, em algum ponto na faixa entre 15 km/l e 50 km/l. Manter uma média tão elevada por longos períodos, em condições reais de tráfego, é inviável na prática.Daí a avaliação de que, quando bem utilizado, auxiliando na decisão de quando se deve maneirar na força no pedal da direita ou quando se deve buscar marchas mais longas, o Econômetro auxilie o motorista a melhorar entre 10% e 25% a média de consumo do Mille Fire (segundo a Fiat, 15 km/l na cidade, 22 km/l na estrada, com gasolina) e até 5% para a versão Way (que não traz todas atrito reduzido em função de sua suspensão mais alta, e que promete cerca de 15 km/l na cidade e 21 km/l na estrada).O conceito Economy pode se popularizar e chegar a outras famílias da Fiat? A empresa admite estar pensando na extensão da linha Fire Economy, embora ainda não fale em novos produtos. Já a fornecedora do motor, a FPT Powertrain Technologies, afirma que a tecnologia já estava pronta, e foi só adaptá-la ao "conceito" Mille. Uma vez que sustentabilidade e racionalidade no uso de recursos são as palavras de ordem do momento, a fórmula pode até ser repetida logo.
Viagem a convite da Fiat do Brasil

4 comentários:

Anônimo disse...

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Anônimo disse...

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Anônimo disse...

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