sábado, 30 de agosto de 2008

Saiba como funciona a inspeção veicular

Desde o início do ano, a Prefeitura Municipal de São Paulo começou a exigir que todos os veículos movidos a diesel passassem por uma inspeção de emissões de poluentes. Para efetuar o trabalho, a concessão foi feita para a Controlar, empresa que conta com um ponto no bairro do Jaguaré, na zona oeste da capital. Outros 35 serão criados até o fim de 2009, além de 14 unidades móveis. O primeiro passo é uma inspeção visual, na qual um profissional checa se há vazamentos no sistema de escape, lacre na bomba injetora e emissão evidente de fumaça. Se o carro for recusado, tem 30 dias para solucionar o problema e voltar à checagem. Se for aprovado, vai para a vistoria computadorizada. Com o veículo ligado a um computador, é medido o nível de ruído e a emissão de monóxido de carbono e hidrocarbonetos em marcha lenta e também a 2.500 rpm. Se o automóvel estiver de acordo com as normas estabelecidas pela prefeitura, será aprovado. Todos os veículos recebem um certificado de posse obrigatória e um selo no pára-brisa. Caso seja reprovado, também tem 30 dias para voltar para uma nova inspeção gratuita. Ela será cobrada caso seja preciso uma terceira inspeção. A tarifa de R$ 53,73 será praticada a partir das inspeções do ano que vem. Ela é obrigatória somente para quem for o segundo dono do veículo. No ponto do Jaguaré, passam cerca de 250 utilitários, caminhões e ônibus diariamente. A capacidade de inspeção da unidade é de 800 veículos/dia. A inspeção leva em média sete minutos. Por enquanto, a maior reclamação dos proprietários de veículos movidos a diesel é o fato de haver um único posto de atendimento. ‘Quem tem de trabalhar não tem tempo para vir até aqui. Mas é muito bom que alguém esteja tomando essa atitude’, diz o estudante Guilherme Pereira Santos, proprietário de uma Toyota Hilux. Vans escolares são as mais reprovadas Um alerta aos pais que mandam seus filhos para a escola de perua. Elas são as mais reprovadas. ‘O índice chega a 80% nas peruas escolares que, em sua maioria, são as coreanas que foram importadas nos anos 1990’, diz o diretor de operações da Controlar, Eduardo Resin. Os ônibus, por outro lado, são os mais aprovados. ‘Há empresas que nunca tiveram um veículo reprovado na inspeção. Eles têm um controle interno mais rígido que o nosso’, diz Resin. No geral, as reprovações ficam na faixa de 47%, perto da média dos caminhões. A inspeção utiliza as normas da Tüv Nord, uma empresa alemã especializada em emissões de poluentes. Por enquanto, ela será obrigatória somente para os veículos emplacados na cidade de São Paulo.

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