segunda-feira, 18 de maio de 2009

Série Extreme quer apimentar vendas da perua Mégane Grand Tour

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16/05/2009 - 13h00
Série Extreme quer apimentar vendas da perua Mégane Grand Tour

Da Auto PressComo imagem de esportividade e juventude não tem contra-indicação mercadológica, a Renault decidiu recorrer a um visual mais agressivo, quase "bad-boy", para tentar reacender sua linha Mégane. A montadora criou a série limitada Extreme para, em cinco meses, emplacar mil unidades do sedã e 500 unidades da station Grand Tour. Desde a década de 1990, na verdade, as montadoras costumam extrapolar as funções puramente familiares das station-wagons com doses de esportividade em busca de ampliar o espectro de público. Explica-se: peruas são pensadas para serem práticas e entenderem bem as mulheres -- com espaço para compras e filhos. Mas, quando agregam visual e itens esportivos, passam a atrair também os homens, que geralmente têm visão mais romantizada dos automóveis.
INJEÇÃO ESTÉTICA

versão Extreme é disponível apenas na cor preta e traz de série aerofólio e saias laterais, rodas de liga leve de 16 polegadas pintadas na cor grafite e calçadas por pneus 205/55 e adesivos nas laterais. O que mais chama a atenção, porém, é o para-choques com uma enorme tomada de ar que se estende de ponta a ponta, com faróis de neblina nas extremidades. No interior, o destaque é o console central coberto por uma placa de alumínio cujo grafismo imita fibra de carbono. Outra novidade é o revestimento dos bancos em tecido escuro com costura vermelha pespontada. Há ainda detalhes em metal acetinado e couro no volante e na alavanca do câmbio.

Apesar dos apelos estéticos, a Extreme traz sob o capô os já conhecidos motores 1.6 16V flex e 2.0 16V a gasolina. O propulsor menor vem acoplado a um câmbio manual de cinco marchas e produz 110/115 cv de potência com gasolina/álcool a 5.750 rpm e torque máximo de 15,2/16,0 kgfm despejados aos 3.750 giros, na mesma ordem. Já a unidade de força 2.0 a gasolina gera 138 cv aos 5.500 rpm e um torque de 19,2 kgfm aos 3.750 giros. Este propulsor pode ser gerenciado por um câmbio automático sequencial de quatro ou manual de seis velocidades.A Extreme tem a seu favor uma boa relação custo/benefício. Parte de R$ 62.850 com o motor 1.6 flex, sobe para R$ 65.610 com o propulsor 2.0 e chega a R$ 69.410 com o câmbio automático sequencial. Por esse valor, é mais em conta que as rivais diretas. A Volkswagen Jetta Variant tem níveis de equipamentos e motorização superiores, mas começa em R$ 91.900. Já com a Peugeot 307 SW, a briga é mais parelha: ela deixou de ser produzida na França, onde já existe a 308 SW, mas por aqui ainda existem modelos 2008 -- a R$ 67.490 a básica Allure 2.0 e R$ 72.220 a 2.0 Automática.A edição não tem opcionais, mas traz de série equipamentos interessantes: ar automático, direção elétrica, trio, rádio/CD com MP3 e comandos do som na coluna de direção, computador de bordo, alarme, airbags frontais e freios com ABS e EBD. Nas vendas, a Mégane GT segue líder há mais de um ano em um segmento muito letárgico. A perua da Renault emplacou 746 unidades nos primeiros quatro meses de 2009, uma média mensal de 186 unidades. Se as previsões da Renault estiverem corretas, a Extreme responderá, então, por mais de 50% das vendas da station.IMPRESSÕES AO DIRIGIRA série limitada Extreme tem como único objetivo emprestar alguma jovialidade à linha Mégane. E a proposta funcionou muito bem na versão Grand Tour. Por fora, o novo para-choques dianteiro com uma tomada de ar enorme passa a impressão de esportividade, enquanto na traseira há um aerofólio marcante e, no interior, destacam-se o tecido preto dos bancos com costura vermelha pespontada e o acabamento do console central, com uma moldura de alumínio com grafismos que lembram fibra de carbono.Dinamicamente, porém, a Mégane GT Extreme em nada difere das versões convencionais. O motor 2.0 16V a gasolina é conceitualmente antigo, mas funciona bem, com respostas rápidas ao acelerador e uma subida de giros linear. O zero a 100 km/h ocorre em longos 11,8 segundos e a máxima é de apenas 190 km/h. Números fracos para um carro que ostenta visual esportivo. E o rendimento ainda é prejudicado pelo câmbio automático sequencial de quatro marchas, que realiza as trocas de forma lenta e estica demais as marchas. Já nas curvas, retas e frenagens, a perua média mantém bom equilíbrio, com pouca torção da carroceria. E a versão Extreme ainda oferece bom pacote de equipamentos série por um valor razoavelmente competitivo, de R$ 69.410. (por Diogo de Oliveira)

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