quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

PE quer aumentar negócios com a China

Desde o fim do ano passado, o pátio de cargas do Porto do Recife está repleto de escavadeiras, empilhadeiras, tratores e congêneres da marca chinesa XCMG. No sertão de Pernambuco, onde avançam as obras da ferrovia Transnordestina, parte dos trilhos sobre os quais passarão os trens vem da China, bem como as máquinas utilizadas no projeto. No ano passado, Pernambuco importou o equivalente a US$ 373 milhões do gigante asiático, alta de 66% em relação ao exercício anterior.

É para acelerar ainda mais esse intercâmbio que a Federação do Comércio do Estado de Pernambuco (Fecomercio-PE) vem intensificando as relações com a China. No ano passado, a entidade inaugurou em Pequim o seu segundo escritório de representação naquele país. O primeiro escritório foi aberto em Xangai em 2007, depois da visita de uma missão com mais de 150 empresários pernambucanos, liderada pelo governador Eduardo Campos (PSB).

"O crescimento da China é muito grande e há muito interesse de nossa parte em acelerar esse relacionamento", afirmou o presidente da Fecomercio-PE, Josias Albuquerque, um grande entusiasta da parceria.

Ele admite que o principal objetivo do empresariado pernambucano é mesmo trazer bens chineses para o Brasil, especialmente o segmento de máquinas pesadas, bastante demandadas em tempos de crescimento recorde do Produto Interno Bruto (PIB) estadual.

O dirigente garante que há enorme interesse dos asiáticos em investir em Pernambuco. Segundo ele, a chinesa EMC estuda a instalação de uma fábrica de máquinas em Suape, mesmo local onde a fabricante de veículos JAC quer viabilizar uma montadora. No ano passado, a BYD, também do setor de automóveis, fez consultas ao governo de Pernambuco sobre as condições para a instalação de uma operação em Suape. A expectativa é de que pelo menos uma montadora chinesa se instale em Pernambuco, Estado que já atraiu recentemente um investimento de R$ 3 bilhões da Fiat.

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