sábado, 31 de janeiro de 2009

GURGEL

Enterrado João Gurgel, criador do 1º carro brasileiro

Gurgel sofria do mal de Alzheimer e morreu aos 82 anos, em São Paulo.

Foi enterrado hoje à tarde, em São Paulo, o empresário João do Amaral Gurgel, criador da montadora que levou o nome dele - um marco na história do automobilismo brasileiro. Gurgel sofria do mal de Alzheimer e morreu aos 82 anos.

Era um outro tempo e João Augusto Conrado de Amaral Gurgel aproveitou para sonhar e para realizar. Com quatro funcionários e US$ 50 mil, ele criou em 1969 a sua fábrica de carros e nunca parou de inventar e inovar.

“No Brasil, alguém que produziu 40 mil e que exportou para vários países não pode ser chamado apenas de sonhador. Ele concretizou isso”, aponta o biógrafo de João Gurgel, Lelis Caldeira.

O carro elétrico, criado por ele em 1974, na primeira crise do petróleo, podia ser ligado na tomada de casa. Eram dez horas carregando, para rodar 60 quilômetros. Em 1987 realizou o desejo de fazer o primeiro carro totalmente nacional. Desenvolveu um veículo desmontável e ficou famoso por seus carros resistentes, econômicos e populares.

Figura controvertida e de temperamento forte, Gurgel não tinha medo da polêmica: era contra o uso do álcool como combustível. Achava que o campo era lugar de plantar alimento.

Em 1994, em um cenário de liberação das importações e de problemas econômicos, a fábrica faliu. Gurgel enfrentou a depressão e o mal de Alzheimer, até que o corpo debilitado não resistiu.

O empresário foi enterrado hoje à tarde, em São Paulo, e deixa o legado do homem que não se dobrou ao impossível. “Ele estava sempre pensando no que vinha na frente. Você consegue fazer. Se você tiver vontade, garra e conhecimento, você faz”, disse José Luiz Vieira, amigo de João Gurgel.

Ford revela detalhes do Focus RS 2010

A Ford finalmente revelou os detalhes técnicos do Focus RS, que deverá ser apresentado já em sua versão definitiva durante o Salão de Genebra, que abre as portas ao público no próximo dia 3 de março.

Segundo a Ford, o Focus RS terá motor 2.5 litros de cinco cilindros e nada menos que 300 cv de potência.

No comunicado, a Ford diz que o Focus RS acelera de 0 a 100 km/h em 5,9 segundos, e pode alcançar os 262 km/h de velocidade máxima. As rodas são de 19 polegadas e os pneus 235/35. O câmbio é manusl de cinco marchas e a tração é dianteira.

Pesando 1.467 kg, o Focus RS tem consumo médio de 12,7 km/l de gasolina e emissões de CO2 homologados em 225 g/km.

O preço no novo modelo não foi divulgado.

Conheça a trajetória da Gurgel Veículos Fundada em setembro de 1969, empresa foi inovadora em vários aspectos

O Brasil já teve uma grande e diversificada indústria de veículos fora-de-série. Floresceu nos anos 60 e viveu um período de ouro enquanto a importação de carros esteve proibida (1976 a 1990). Formalizada em setembro de 1969, a Gurgel Veículos foi a mais importante fabricante independente com capital integralmente nacional.


Seu fundador, o engenheiro mecânico/eletricista João Augusto Conrado do Amaral Gurgel, destacou-se pela ousadia, pela criatividade e pelo espírito empreendedor. As primeiras atividades industriais na capital paulista foram muito modestas no início dos anos 60. Produziu karts (Gurgel Júnior), minicarros para crianças (réplicas de Corvette e Karmann-Ghia) e realizava as primeiras experiências de que se tem notícia no país com veículos elétricos.

No Salão do Automóvel de 1966, três anos antes de se estabelecer de modo mais bem organizado como indústria, lançou o bugue Ipanema com chassi e mecânica do Fusca. O utilitário leve Xavante XT tornou-se o primeiro sucesso de vendas já em 1970. As linhas lembravam as do Ipanema, mas Gurgel desenvolveu um chassi próprio e engenhoso: tubular de aço, revestido de plástico reforçado com fibra de vidro, sendo esse também o material da carroceria.

A robustez do chassi e a impossibilidade de ataque por corrosão logo se tornaram a marca registrada de todos os produtos. Em 1975 inaugurava instalações maiores em Rio Claro, interior de São Paulo, onde começou a série X10 do Xavante. A idéia fixa da tração elétrica permaneceu na cabeça de Gurgel. O Itaipu, de dois lugares, apresentado em 1974, foi o primeiro ensaio que, claro, não deu certo. As tentativas continuaram com a versão E400, a partir de 1980, que acabou se transformando em G800, adotando, porém, o motor Volkswagen refrigerado a ar.

Gurgel BR-800 - foto Reprodução

Gurgel Supermini - foto Divulgação

Gurgel XEF - foto Reprodução
BR-800, Supermini e XEF (de cima para baixo): carros de passeio

Nessa altura a marca oferecia uma linha bastante diversificada, incluindo derivações. Uma delas era o furgão X15 de linhas bem estranhas. Gurgel mostrou uma fase mais criativa ao lançar, em 1984, seu primeiro automóvel urbano, o XEF, para três passageiros numa única fileira. Tinha apenas 3,12 m de comprimento, mas 1,70 m de largura. Não alcançou sucesso por ser caro e incompreendido pelos compradores.

No mesmo ano saiu o Carajás, utilitário de maior porte. Pela primeira vez usava motor dianteiro refrigerado a água (VW Santana, 1.800 cm³) e transeixo traseiro, oferecendo espaço interno mais amplo.

Aventura dos minicarros

Como o Carajás também pouco vendeu, o engenheiro, sem abandonar a produção do Xavante, voltou a pensar nos minicarros, agora de baixo custo. Uma antiga idéia chamada Cena (sigla para Carro Econômico Nacional) renasceu com vigor. Gurgel apostou todas as fichas nesse projeto ambicioso e de alto risco.

Iniciou incursões no mundo político ao arrancar do então presidente da República José Sarney um subsídio escancarado sob medida para seu produto. Outro erro foi lançar um plano de venda pública de ações da Gurgel Veículos vinculadas à aquisição do carro.

Gurgel Tocantins - foto Reprodução

Gurgel Carajás - foto Reprodução
Tocantins (no alto) e Carajás (acima): utilitários foram exportados

O engenheiro invocou até o nome de Henry Ford, em publicidade, para atrair "sócios". Esqueceu que a Indústria Brasileira de Automóveis Presidente (tentativa frustrada de uma fábrica de capital nacional em 1963) havia fracassado. Entre outras causas, por estudos falhos de viabilidade e esquema acionário mal resolvido. Gurgel decidiu produzir inclusive motor próprio de dois cilindros horizontais (motor VW cortado ao meio), trocando arrefecimento a ar por água.

Na época do lançamento, em 1988, Ayrton Senna conquistou o primeiro título mundial de Fórmula 1. Podia parecer oportunismo vender um modelo identificado pelo mesmo fonema. Negociações de bastidores levaram Gurgel a rebatizar o carro de BR-800, referência ao Brasil e à cilindrada. O pequeno automóvel conseguiu atrair atenções no primeiro ano de comercialização.

Gurgel Xavante - foto Reprodução

Gurgel - foto Reprodução
Xavante (no alto) e réplica de Karmann-Ghia (acima): os primeiros

Os problemas começaram no momento de vender aos não-acionistas. Tudo se agravou a partir de 1990, quando o presidente Fernando Collor baixou o imposto para motores de 1.000 cm³ de cilindrada. Em 1992 a empresa, bastante endividada, evoluiu o BR-800 para Supermini, de linhas mais agradáveis. Era tarde demais. Entrou em concordata no ano seguinte, parou de produzir em 1994 e veio a falir dois anos depois.

O engenheiro Gurgel criou algumas soluções técnicas brilhantes, outras nem tanto. Se tivesse mantido sua especialização nos utilitários talvez sobrevivesse, pois chegou a exportá-los para 40 países. Sempre fez críticas ferozes e infundadas ao programa brasileiro do álcool. A história acabou demonstrando que estava errado. Possivelmente por ter sido mal-sucedido na idéia do carro elétrico, atacava a alternativa viável em que se transformou o álcool.

Como industrial e projetista conquistou inúmeros admiradores. Sua vida inspirou o livro "Gurgel: Um Sonho Forjado em Fibra", de autoria de Lélis Caldeira. Em 2004 o empresário Paulo Campos aproveitou que a marca havia caducado para resgistrá-la em seu favor. Adquiriu os moldes originais, já apresentou o protótipo de um novo Gurgel e afirma que irá comercializar o simpático utilitário com algumas modificações.

João Gurgel morreu nesta sexta (30), aos 82 anos, em São Paulo. Sofria de Mal de Alzheimer havia oito anos
Toyota tira GM do topo após 77 anos

Carsale - O ano de 2008 ficou marcado pela grave crise na economia mundial, com algumas empresas enfrentando sérias dificuldades, inclusive beirando a falência. No entanto, os últimos doze meses foram úteis para colocar fim a uma dúvida na indústria automotiva. Se alguém te perguntar qual é o maior fabricante do mundo, você já pode responder tranqüilamente: Toyota. Desta forma, o conglomerado americano perde a liderança do setor após 77 anos.

A vitória da Toyota foi confirmada nesta quarta-feira (21), após a GM anunciar os resultados de suas vendas globais em 2008. Foram 8.35 milhões de veículos comercializados mundialmente, contra 9.37 milhões em 2007, uma queda de 10,8%. O grupo nipônico, apesar de também registrar baixa de 4% nas vendas no último ano, vendeu 616 mil unidades a mais que seu rival (8.97 milhões).

Em 2008, a GM comercializou 5.37 milhões de veículos fora dos Estados Unidos, que representam 64% do volume total de vendas. Em 2007, esta cifra era de 59%. Somente no mercado norte-americano, a queda foi de 22,7%, enquanto a Toyota viu um declínio de 15,4%.

Embora tenha registrado bons resultados em outros mercados, como América Latina, África, Oriente Médio e a região da Ásia-Pacífico, a GM não conseguiu escapar do abalo na economia global. Uma vez mais, a falta de crédito, os preços das matérias primas, bem como a incerteza econômica foram citadas pela empresa como razões para a queda.

EUA: Ford anuncia prejuízo de US$ 5,9 bi

Carsale - Apesar de ter sido o único dos três grandes fabricantes de veículos de Detroit a não aceitar o auxílio financeiro do governo americano, a Ford mostrou que ainda tem de superar muitas dificuldades para se livrar dos prejuízos. Isto porque a empresa divulgou uma perda substancial de US$ 5.9 bilhões (cerca de R$ 13 bilhões) no último trimestre de 2008. Esta soma, quando desmembrada, aponta que a marca perdeu US$ 500 milhões por semana ou cerca de US$ 2,46 por ação.

A Ford citou o declínio acentuado na procura de veículos para justificar o abalo em seu desempenho financeiro vindo de quase todos os mercados ao redor do globo. A empresa viu seu dinheiro ir embora nas operações da região Ásia-Pacífico, América do Norte e Europa. Somente a unidade da América do Sul e as atividades da Mazda geraram algum rendimento. Dentro do grupo, uma das piores performances ficou por conta da Volvo que, sozinha, foi responsável pela perda de US$ 736 milhões.

O prejuízo da Ford no último semestre pode ter sido alto, mas ficou bem abaixo dos US$ 7.7 bilhões (aproximadamente R$ 17.5 bilhões) que a montadora queimou no terceiro trimestre de 2008. Além disso, no último ano, a participação de mercado do grupo cresceu nos Estados Unidos e Europa.

A Ford ainda afirma que tem liquidez suficiente para financiar seu plano de negócios e investimentos em produtos para os próximos meses, revelando que terminou 2008 com US$ 24 bilhões em liquidez disponível. Desta forma, a empresa reitera que não precisará recorrer a um empréstimo-ponte junto ao governo dos EUA. No entanto, o fabricante diz que recorrerá a outras linhas de crédito para ter acesso a US$ 10.1 bilhões, (R$ 23 bilhões) por causa da instabilidade dos mercados capitais.

Segundo suas previsões, a Ford esperar atingir o 'break-even', ou seja, o ponto em que os ganhos igualam as perdas, em 2011.


Honda mostra S2000 Ultimate Edition

Carsale - A Honda anunciou nesta quinta-feira (29) o lançamento da edição derradeira do roadster S2000 na Europa, a Ultimate Edition. A série, que marca a despedida do esportivo do mercado europeu, será apresentada oficialmente no Salão do Automóvel de Genebra, na Suíça, em março, com as vendas começando simultaneamente. A notícia sobre a chegada da Ultimate Edition ao velho continente ocorre dois dias após a confirmação do encerramento da produção do roadster, marcado para junho próximo, uma década após a estréia do conversível no mercado.

O S2000 Ultimate Edition será oferecido exclusivamente com carroceria pintada na cor branca Grand Prix, que homenageia o primeiro monoposto de Fórmula 1 da Honda, revelado em 1964, e que tem sido utilizada em outros carros de corrida da marca. As rodas de alumínio são pintadas na cor grafite. Por dentro o Ultimate Edition traz couro vermelho sobre os assentos e assoalho e costuras avermelhadas na coifa da alavanca de câmbio. A exclusividade do modelo é garantida por uma placa metálica fixada na soleira da porta e que traz o número de série do veículo.

Sob o capô, nada muda. O motor é o mesmo 2.0 l VTEC que equipa a versão padrão. Esse bloco é acoplado a uma caixa de transmissão manual de seis marchas e que pode desenvolver 243 cavalos de potência a 9.000 rpm e torque de 21,1 kgfm. Desde que foi lançado, em 1999, até o fim de 2008, foram vendidos 110.673 exemplares do roadster em todo o mundo.


Audi vende A3 Sportback sem juros

Carsale – Uma nova campanha de vantagens para a compra do hatchback A3 Sportback está sendo oferecida na rede de concessionárias da Audi. Desde terça-feira (27) até o fim de fevereiro, as revendas da marca vão disponibilizar um plano de financiamento especial, com 50% de entrada e o saldo em 24 prestações fixas sem juros. Com esta estratégia, a Audi pretende alavancar as vendas do A3 em 20% no mês que vem.

Para adquirir a versão topo de linha do hatch equipada com motor 2.0 litros TFSI e câmbio automático Stronic, por exemplo, o cliente terá de desembolsar R$ 62.031,05, no ato, e dividir o restante em 24 parcelas fixas de R$ 2.651,90 (já incluídos o Imposto sobre Operações Financeiras, IOF, e a taxa de cadastro), totalizando R$ 124.063.

Com a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), aplicada pelo governo federal em dezembro passado, e a criação de uma nova estratégia de combinação de equipamentos, a Audi reajustou os preços dos novos A3 Sportback. A versão de entrada, equipada com motor 1.6 l, passou a ser comercializada por R$ 96.088. A variante com motor 2.0 l TFSI agora sai por R$ 117.514. Já o modelo topo de linha, com motor 2.0 TFSI e câmbio STronic, sofreu desconto de R$ 21.437. Desde que passou a ser importado, em 2006, o A3 Sportback acumula 1.762 unidades emplacadas

Morre João Amaral Gurgel, aos 82 anos Dono da extinta Gurgel Motores sofria de Mal de Alzheimer havia oito anos

João Augusto Conrado do Amaral Gurgel, dono da extinta Gurgel Motores, a mais importante fabricante independente com capital integralmente nacional , morreu nesta sexta (30), aos 82 anos, em São Paulo. Gurgel, que havia oito anos sofria de Mal de Alzheimer, estava internado no hospital São Luiz.

Suas primeiras atividades industriais na capital paulista foram modestas, no início dos anos 60. Produziu karts (Gurgel Júnior), minicarros para crianças (réplicas de Corvette e Karmann-Ghia) e realizava experiências iniciais com veículos elétricos embrionários. Gurgel fundou em 1962 na cidade de Rio Claro (SP) a fábrica que levava seu nome. Durante esse período Gurgel desenvolveu carros totalmente nacionais, do projeto à fabricação.
João Augusto Conrado do Amaral Gurgel - foto ReproduçãoNo Salão do Automóvel de 1966, três anos antes de se estabelecer de modo mais bem organizado como indústria, lançou o bugue Ipanema com chassi e mecânica do Fusca. O utilitário leve Xavante XT tornou-se o primeiro sucesso de vendas já em 1970. As linhas lembravam as do Ipanema, mas Gurgel desenvolveu um chassi próprio e engenhoso: tubular de aço, revestido de plástico reforçado com fibra de vidro, sendo esse também o material da carroceria.

Gurgel Supermini - foto Divulgação
O Gurgel Supermini, um dos sucessos da fábrica paulista

"Gurgel era um sonhador. Ele é quem foi mais longe na missão de construir um automóvel genuinamente nacional", afirma o jornalista especializado em indústria automobilística Fernando Calmon, colunista de Interpress Motor. São inúmeros os modelos que ainda rodam por aí: BR-800, Supermini (uma evolução daquele), Carajás, XEF, Tocantins, entre outros. As atividades da Gurgel Motores S.A. foram encerradas em 1994.

"CINCO PERGUNTAS PARA..."
Pasquale comenta o Acordo no mundo dos carros
Reforma muda grafia de "para-choque" e "para-brisa"; vocabulário não muda

Na primeira semana do ano, uma amiga que trabalha como assessora de imprensa de uma montadora telefonou para este repórter, perguntando como ficaria a grafia de várias palavras com a entrada em vigor do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. Não são poucas as palavras do universo automobilístico afetadas.


Resolvemos então perguntar a uma autoridade no assunto, o professor Pasquale Cipro Neto, que também é um declarado apaixonado por automóveis. A seguir, nossa conversa.

Pasquale Cipro Neto - foto Luís PerezInterpress Motor - O que o novo Acordo Ortográfico muda na grafia de palavras do universo automobilístico? Como ficam agora termos como "pára-brisa", "pára-choque", entre outros?

Pasquale Cipro Neto -
Essas palavras passam a "para-brisa" e "para-choque", respectivamente. O único caso de "para" (forma verbal) que perde o hífen é o de "paraqueda" (e "paraquedista" etc.).

IM - Na frase "O trânsito sempre pára nesse horário", o acento diferencial fica ou sai? Nesse capítulo não tem como escapar da decoreba?

Pasquale -
Lamentavelmente, o acento cai. É um dos absurdos do Acordo. Não há como escapar da decoreba, não. É preciso pôr na cabeça que este cai, aquele não cai etc.

IM - Será que vai ter gente fazendo bobagem? Por exemplo, tirando o trema de Citroën?

Pasquale -
Certamente. Até a ABL [Academia Brasileira de Letras] anda fazendo bobagem (a ABL publicou um "Dicionário Escolar" em cuja primeira edição há uma série de problemas). Quanto ao trema, ele fica nas palavras estrangeiras.

IM - O Acordo aproxima ou distancia Portugal do Brasil? Afinal, lá rodas são chamadas de jantes, freios, de travões e compartimento do motor, de cofre... Ou em termos de vocabulário nada muda?

Pasquale -
O Acordo só mexe na ortografia, portanto os portugueses vão continuar chamando as rodas de jantes, e nós vamos continuar chamando as jantes de rodas.

IM - As agências de publicidade já disseram que só vão adotar as mudanças quando a nova ortografia estiver mais consolidada, via meios de comunicação. Todo mundo pode fazer isso?

Pasquale -
Até 31 de dezembro de 2012, ninguém precisa seguir a nova ortografia. O ideal seria, no mínimo, esperar a publicação do Vocabulário Ortográfico, que a ABL promete para o fim de fevereiro. Na minha comunicação pessoal, não adotei e só vou adotar na madrugada de 1º de janeiro de 2013, se os diabos não me tiverem carregado deste mundo.

Chevrolet Prisma fica mais potente

Carsale - A General Motors do Brasil empreendeu algumas melhorias ao motor 1.4 litro Econo.Flex que equipa o Chevrolet Prisma. Agora o bloco passa a entregar 95 cavalos de potência a 6.000 rpm com gasolina no tanque, em vez de 89 cv da versão anterior. O torque também aumentou e foi para 13,7 kgfm a 2.800 rpm - 0,8 kgfm a mais que a medida antiga -, abastecido com álcool. De acordo com a GM, a potência com o combustível vegetal foi mantida em 97 cv. Os engenheiros do fabricante de São Caetano do Sul também aproveitaram a oportunidade para elevar a capacidade do tanque para 54 litros - 6,2 l a mais que o reservatório antigo. Com essa modificação, o sedã ganhou em autonomia e pode rodar perto de 1.000 quilômetros sem a necessidade de reabastecimento.

Ainda de acordo com a GM, o Prisma pode rodar 13 quilômetros com um litro de gasolina em percursos urbanos, e 18,3 km/h na estrada. Com álcool, a média de consumo na cidade é de 9 km/l e 12,4 km/l, na estrada. A aceleração de 0 a 100 km/h é feita em 10,9 segundos, com álcool, e 11,4 s, com gasolina. A retomada de velocidade de 40 km/h a 100 km/h é atingida em 15,3 s, com o combustível vegetal no tanque, e 15,7, com o derivado do petróleo. A velocidade máxima do modelo é de 180 km/h, com álcool. Entre as melhorias sofridas pelo conjunto mecânico destacam-se a inclusão de acelerador eletrônico (Electronic Throttle Control). O pacote de equipamentos passa a contar com luz auxiliar de freio de série nas versões Joy e Maxx.

Jaguar e Land Rover: centro ecológico

Carsale - A divisão JLR, formada pelas marcas de luxo britânicas Jaguar e Land Rover e pertencente ao grupo indiano Tata, apresenta na próxima segunda-feira (26), seu novo Centro de Excelência para formação de técnicos e instrutores. Localizado na cidade de Warwick, na Inglaterra, o espaço, de 4 mil metros quadrados, é totalmente adaptado com materiais e soluções ecológicas.

No local serão oferecidos cursos de mecânica e tecnologia voltados aos funcionários do grupo e concessionários do mundo todo. O local recebeu o prêmio de Treinamento de Qualidade Standard, concedido pelo Learning & Skills Council. Em sua construção, foram agregadas soluções sustentáveis, como fontes de energia renováveis e utilização de materiais que não agridam a natureza.

Outras medidas 'verdes' incluem o reuso da água de chuva, utilização de energia solar para aquecimento da água e forração em espuma para manter o calor do ambiente. Segundo as marcas, com estas iniciativas, mais de 275 toneladas de CO2 deixarão de ser produzidas anualmente.

Trazo deve substituir o PT Cruiser no Brasil

A Chrysler primeiro anunciou o fim da linha PT Cruiser para meados deste ano. Depois a filial Brasileira veio a público para garantir a permanência do modelo, pelo menos durante 2009. Mas fontes ligadas à montadora disseram que o Trazo C by Dodge, sedã do Nissan Tiida mostrado no Salão de São Paulo, irá entrar em seu lugar no País.

Como garantia de bom negócio, a Chrysler deve seguir a lei e fornecer peças de reposição do modelo retrô por 10 anos e afirma que muitas decisões sobre a parceria com a Fiat ainda não foram tomadas. O Trazo C deve começar a ser vendido no segundo semestre com motor 1.8 flex, o mesmo da Nissan Livina.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Crise mundial: montadoras so reduzem

GM recebe mais US$ 5 bilhões do empréstimo concedido pelo governo dos EUA

A montadora GM (General Motors) recebeu nesta quarta-feira a segunda parte do empréstimo de US$ 9,4 bilhões concedido pelo governo dos Estados Unidos, segundo documento divulgado no site do departamento do Tesouro.

A GM havia embolsado a primeira parte do empréstimo -- US$ 4 bilhões -- no dia 31 de dezembro. Agora, o montante liberado para a montadora foi de US$ 5,4 bilhões, no dia 21 de janeiro, indica o Tesouro.

O dinheiro faz parte do plano de resgate financeiro aprovado pelo Congresso americano em outubro do ano passado.

Chrysler estuda alternativas caso acordo com a Fiat seja rejeitado

A fabricante Chrysler estuda alternativas caso as autoridades americanas rejeitem sua aliança com a italiana Fiat, afirmou nesta quarta-feira o vice-presidente da empresa, Jim Press.

Em entrevista publicada no jornal "The Detroit News", Press afirmou que a terceira maior fabricante americana de automóveis continua conversando com outras empresas para alcançar possíveis alianças industriais.

"Se não funcionar com a Fiat, continuamos mantendo conversas com outros parceiros e alianças potenciais, e isso obviamente pode continuar, de modo que tenhamos outras alternativas", assegurou Press.

Em 20 de janeiro, a Chrysler e a Fiat anunciaram um acordo para estabelecer "uma aliança global estratégica". Segundo o acordo, a Fiat fornecerá à Chrysler plataformas de veículos de consumo reduzido, fábricas de motor e autopeças, assim como a infraestrutura de distribuição em mercados emergentes. Em troca, a Fiat receberá 35% do conjunto de acionistas da Chrysler.

O acordo requer a aprovação do Departamento do Tesouro americano, pois o governo emprestou US$ 4 bilhões à Chrysler para assegurar o funcionamento de suas operações nos próximos meses.

Press também disse que, para cumprir exigências do acordo, a Chrysler precisa que as autoridades federais emprestem outros US$ 3 bilhões até 31 de março.

Aston Martin reduz semana de trabalho

A Aston Martin é mais uma fábrica que vai reduzir sua jornada de trabalho. A unidade inglesa que faz os lendários esportivos irá trabalhar somente de segunda a quarta-feira por período indeterminado. A ação irá prejudicar os menos de 600 funcionários. A marca já havia demitido 1.250 trabalhadores no ano passado.

Para Ulrich Bez, CEO da marca, a decisão de reduzir a jornada segue o exemplo de outras marcas premium. 'São opções lamentáveis mas necessárias nas condições que todos enfrentamos. Apesar disso, estamos preparados para dar a volta por cima', disse.

Nissan tem queda na produção mundial

A Nissan anunciou hoje (28) seus números de 2008 e revelou uma queda de 1,1% na produção mundial em relação a 2007. No ano passado, foram fabricados 3.394.830 carros nas fábricas da montadora ao redor do mundo. A maior redução foi registrada na Espanha, com 29,5% a menos. Nos mercados emergentes houve o maior aumento com alta de 18,2% com destaque para Indonésia, Malásia, Tailândia, África do Sul e Filipinas.

Nas vendas, a montadora anunciou aumento de 0,9% se comparado a 2007. Foram comercializadas 3.708.074 unidades em 2008, com queda apenas no Japão e nos Estados Unidos. A Europa teve alta de 5,5% as chegadas do crossover Qashqai e do hatch Tiida. No Brasil, a marca espera crescimento com a chegada da minivan Livina e da Grand Livina. A chegada do Tiida e do Sentra com motores flex também está prevista para 2009.

Produção do Hummer H2 é suspensa

Carsale - A AM General, empresa do grupo General Motors responsável pela produção do utilitário Hummer H2, anunciou que a produção do modelo está temporariamente suspensa. Com a paralisação da linha de montagem, 200 funcionários serão afastados de seus postos na unidade de Mishawaka, no Estado de Indiana, Estados Unidos, pelo menos até o próximo mês de março. Em entrevista ao canal de televisão local WSBT, o portavoz da empresa, Craig Mac Nab, afirmou que a AM General está buscando remanejar parte destes funcionários para outras áreas da companhia. "O que estamos fazendo com grande dificuldade para a empresa é mover todos os empregados elegíveis da força de trabalho do H2 para outras partes da empresa", disse Mac Nab.

A planta de Mishawaka também é responsável pela produção dos veículos militares HMMWV - Veículo de Rodas Multiuso de Alta Mobilidade - também conhecidos como Humvee e criado originalmente para serem utilizados em conflitos militares. A transferência dos funcionários da linha de produção do H2 para a divisão de veículos militares indica que pode haver uma longa espera até que o utilitário volte a ser produzido. Muitos dos funcionários temem que a suspensão se torne permanente. Segundo declaração de Mac Nab, a incerteza impera dentro dos muros da AM General. "Ninguém sabe o que acontecerá com a planta do H2", afirmou.

Desde novembro do ano passado, quando o presidente da General Motors, Rick Wagoner, confirmou que a Hummer é a única marca pertencente ao grupo que está à venda, os funcionários da AM General vivem um clima de incertezas. A marca Hummer faz parte da GM desde 1999, quando o grupo adquiriu os direitos de produção da versão civil do Humvee da empresa AM General.

PT Cruiser é bom negócio, diz Chrysler do Brasil em nota


da Redação

A Chrysler do Brasil divulga comunicado em que afirma que vai continuar a comercializar no mercado brasileiro toda a sua linha de produtos Chrysler, Dodge e Jeep, incluindo o modelo Chrysler PT Cruiser, que teve sua descontinuidade confirmada no exterior para este primeiro semestre. O modelo é feito no México desde 2000 e coleciona adeptos mundo afora por seu estilo retrô.

Em nota, a empresa diz: "Com vendas mundiais totalizando mais de 1,3 milhão desde sua introdução, o Chrysler PT Cruiser é comercializado no Brasil desde 2001. No ano passado o modelo registrou 2.460 unidades emplacadas, repetindo o sucesso de vendas de 2007, quando foram emplacadas 2.375 unidades"
"Com excelente custo-benefício, o PT Cruiser 2009 está disponível na rede de concessionárias em todo o Brasil nas versões Classic e Limited, ambas equipadas com motor de 2.4 litros de 16 válvulas e 143 cv de potência". Segundo a empresa, tendo em vista o recente anúncio de aliança estratégica global com o grupo Fiat, que será um elemento-chave para o plano de reestruturação da Chrysler, muitas decisões ainda estão sendo tomadas.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Porsche encerra 2008 com alta de 57,5% nas vendas

Com 723 unidades comercializadas, a Porsche encerrou 2008 com um aumento de vendas de 57,5% no Brasil (em 2007 haviam sido 459 unidades). "O número de 2008 representa quase dez vezes mais que o volume de cinco anos atrás, quando foram vendidos 76 Porsche no Brasil", afirma Marcel Visconde, presidente da Stuttgart Sportcar, representante oficial da marca no país. "Aproveitamos muito bem as oportunidades de negócio surgidas e ampliamos a presença da Porsche com a inauguração de novos endereços em Curitiba e Porto Alegre", diz o executivo. Segundo ele, as vendas poderiam ter sido maiores se não fosse a paralisação de oferta das versões aspiradas do Porsche 911 a partir do segundo semestre. Essa paralisação ocorreu em virtude da mudança na linha na fábrica e de um tempo acima da média no processo de homologação para o carro ser vendido no Brasil.
De acordo com a empresa, a crise econômica internacional não chegou a ter reflexos significativos sobre as vendas da Porsche no Brasil em 2008. Boa parte da cota da importadora já estava comercializada e mesmo depois a Stuttgart Sportcar manteve um volume compatível de vendas. Em setembro, foram vendidos 109 carros. Em alguns meses o Brasil foi o país latino-americano que mais comercializou Porsche − condição que tradicionalmente pertence ao México, que se beneficia de uma tributação mais favorável. Apesar dos bons resultados, Visconde diz que a situação exige cautela. "Teremos um primeiro trimestre de pouco movimento, mas a partir daí a tendência é de uma retomada de vendas. Estamos projetando vender entre 400 e 500 carros", prevê. Ele acredita que a renovação dos modelos Boxster e Cayman e o lançamento do novo Panamera vão fazer com que as vendas melhorem. Os dois primeiros deverão chegar ao Brasil no final do primeiro semestre, enquanto o Panamera está previsto para a segunda metade do ano.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Ultimas Notícias do dia

GM cancela férias coletivas e retoma produção em Gravataí


GM cancelou um novo ciclo de férias coletivas previsto para o período entre os dias 26 de janeiro e 8 de fevereiro na fábrica de Gravataí (região metropolitana de Porto Alegre).

A montadora atribuiu a decisão à retomada da demanda por veículos Celta e Prisma, que são produzidos na unidade gaúcha. Em Gravataí, 5.300 funcionários da montadora e de fornecedores diretos são responsáveis pela produção de 880 carros por dia.

Na semana passada, o vice-presidente da GM, José Carlos Pinheiro Neto, esteve no RS para negar rumores de demissão em Gravataí.

A suspensão das férias coletivas é o primeiro sintoma de normalização da produção da GM no Sul desde que a crise financeira global começou a afetar as vendas de carros, no último trimestre de 2008. Em novembro e dezembro, a GM fabricou carros em apenas sete dos 42 dias úteis em Gravataí.

As vendas totais de veículos na primeira quinzena do mês tiveram alta de 6,55% sobre o mesmo período de dezembro, com 98.322 unidades emplacadas, entre automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, segundo a Fenabrave (associação das concessionárias).


França anuncia ajuda de 6 bilhões de euros a montadoras

O governo francês anunciou nesta terça-feira (20) uma ajuda em massa que vai de 5 a 6 bilhões de euros ao setor automobilístico, duramente atingido pela crise econômica e financeira e crucial para a economia francesa, na qual responde por aproximadamente 10% dos empregos.
Sem dar maiores detalhes sobre a ajuda -- que pode chegar ao equivalente a R$ 18 bilhões, e é esperada para o próximo mês -- o primeiro-ministro François Fillon já advertiu que elas serão condicionadas à manutenção da produção na França.
"Nosso esforço em favor dos construtores vai ser em massa. Do que estamos falando? De somas que são da ordem de 5 ou 6 bilhões de euros", declarou o chefe do governo ao falar no "Estado Geral do Setor Automobilístico", que reuniu os principais atores do ramo.

"O Estado não vai de forma alguma ajudar um construtor que decidir fechar pura e simplesmente um ou dois locais de produção na França", insistiu. Não dá para dizer "a gente pega e transfere" a empresa para outro país, acrescentou.

O secretário de Estado para a Indústria Luc Chatel indicou em seguida que estes 5 ou 6 bilhões devem cobrir as "necessidades de caixa a curto prazo" dos construtores franceses, Renault e PSA Peugeot Citroën.

Entre as medidas, pode constar, para facilitar "o acesso à liquidez", a concessão direta de empréstimos aos construtores no molde do realizado pelo setor bancário recentemente quando o Estado injetou 10,5 bilhões de euros nos grandes bancos.

Os construtores automobilísticos, como inúmeras empresas, se queixam das atitudes dos bancos. "Pedimos ao Estado que intervenha para que os bancos comecem a emprestar normalmente", declarou em entrevista ao jornal Figaro Christian Streiff, presidente da PSA Peugeot Citroën, um dos dois construtores franceses.

Presente nesta terça-feira no encontro em Paris, o vice-presidente da Comissão Européia, Günther Verheugen, considerou a intervenção do Estado para ajudar o setor "justificada e até mesmo indispensável". Entretanto, lembrou que é preciso garantir que as medidas adotadas por um governo não deem vantagem competitiva a este país em relação aos outros.

Para o presidente da Renault, o brasileiro Carlos Ghosn, a "sobrevivência de um certo número de construtores, fornecedores e distribuidores" do setor automobilístico está em jogo nos próximos meses.

As medidas de ajuda adotadas na Europa são insuficientes para atravessar a crise, acrescentou, reclamando em particular dos alívios fiscais na França para reduzir os custos de produção e aproximá-los dos do leste da Europa.

A Associação dos Construtores europeus de automóveis (ACEA) prevê uma redução da produção de automóveis européia de 15% em 2009 em relação a 2008 e uma baixa de 15% a 20% da mão de obra, ou seja 150 mil a 200 mil empregos a menos.

Ford vai aposentar carro de polícia Crown Victoria

O mais popular carro de polícia americano, o Ford Crown Victoria, conhecido pelos filmes no cinema e na TV, está com seus dias contados. A montadora deverá substituí-lo por outro modelo até 2011.

O futuro sucessor deverá oferecer soluções simples, como suspensões independentes, tração dianteira e plataforma monobloco, similares às dos veículos convencionais. Posteriormente, segundo a Ford, a mecânica poderá evoluir para a tração integral, a fim de facilitar as perseguições a criminosos.

A Ford americana pretende incrementar suas vendas ao governo com o novo modelo, movimentando um negócio que representa 65.000 veículos/ano, segundo informa o Automotive News.


BMW: 26 mil funcionários de férias coletivas


Depois de sofrer uma queda de 25% nos meses de novembro e dezembro, a BMW comunicou hoje que 26 mil funcionários será colocados em férias coletivas, seguindo os mesmos passos que Opel e Daimler já haviam dado.

O período de férias vai de primeiro de fevereiro até primeiro de março.

No acordo feito com os funcionários, a empresa se compromete a pagar 93% do salário líquido de cada trabalhador.

São Paulo comemorará 455 anos com GP


A capital paulista vai completar 455 anos no próximo domingo (25) e, entre as comemorações, uma vai atrair os amantes do automobilismo: a quarta edição do Grande Prêmio Cidade de São Paulo. Em paralelo às atividades de pista, o público poderá apreciar exposição de veículos históricos, projeção de corridas antigas em telões de alta definição e shows musicais.

Para a prova serão 1.000 quilômetros percorridos no circuito de Interlagos em 233 voltas ou oito horas. As inscrições para as quatro categorias da corrida serão abertas na quinta (22) no próprio autódromo, das 8h às 17h. Os treinos livres acontecem nas sexta (23) e a corrida está programada para começar às 13h do domingo (25) e deve terminar às 21h.

Serviço:
Horário: 13h
Local: Autódromo de Interlagos - Avenida Teotônio Vilela, 261, Interlagos - São Paulo - SP
Estacionamento do autódromo: R$ 10
Entrada gratuita

Herdeiro da Toyota assume a presidência

No mesmo dia em que anunciou uma queda de 4% nas vendas em todo o mundo durante o ano de 2008, a montadora japonesa Toyota Motor anunciou a noemação de Akio Toyoda, neto do fundador do grupo, como presidente da empresa.

Em junho, Akio Toyota substituirá Katsuaki Watanabe, presidente desde 2005, que passará ao posto de vice-presidente do conselho administrativo, uma função simbólica.
O novo presidente é neto de Kiichiro Toyoda que, em 1937, fundou a Toyota ao transformar a fábrica familiar de materiais de costura em fábrica de automóveis.

Nesta terça-feira, a gigante japonesa anunciou a queda de 4% nas vendas ano passado, a 8,97 milhões de veículos, em consequência da crise econômica mundial que afetou a demanda.

Em dezembro, a Toyota anunciou que prevê o primeiro prejuízo de sua história para o exercício 2008-2009, que será concluído em março.

De acordo com o jornal Yomiuri Shimbun, o grupo prevê mais 3.000 demissões no Japão. Em novembro, a empresa anunciou a demissão de 3.000 funcionários temporários no fim de março de 2009.

Fiat vai assumir 35% de participação na Chrysler

A Chrysler, o fundo de investimentos Cerberus Capital Management e a Fiat assinaram, nesta terça-feira (20), um acordo para a criação de uma aliança global em que a montadora italiana terá 35% de participação na fabricante norte-americana.

A Chrysler informou que a aliança, que será um elemento importante no plano de viabilidade da empresa, dará à empresa acesso a plataformas de veículos com consumo eficiente de combustível, motores e componentes que serão produzidos em suas próprias fábricas.

A Fiat receberá inicialmente uma participação de 35% na Chrysler, mas a aliança não envolve investimento em dinheiro da Fiat na Chrylser e nem compromisso de financiamento na Chrysler, no futuro.

A notícia foi informada inicialmente pelo canal de televisão CNBC.

O acordo dá à Chrysler recursos de distribuição em importantes mercados em crescimento, bem como oportunidades de economias substanciais de custos.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Últimas notícias

Vendas da Jaguar crescem 8% em 2008

A marca britânica Jaguar comercializou 65 mil veículos no mundo todo em 2008, marca que significa um aumento de 8% em relação ao ano anterior. "Apesar das condições econômicas desafiadoras pelas quais o mundo está passando neste período, a Jaguar registrou um bom progresso no ano passado. O lançamento do sedã XF atraiu um grande número de novos clientes para a marca", afirma Mike O’Driscoll, diretor-geral da Jaguar.

"Nossos carros são vendidos em mais de 60 países e nós estamos bastante orgulhosos pelo sucesso que a marca vem obtendo em diversas regiões. Registramos aumento em vendas de 50% na Rússia, 35% no Oriente Médio, 25% na China e 15% na América Latina."

Como a marca Land Rover, a Jaguar foi adquirida pela indiana Tata, e teve mais de 400 milhões de libras investidos em pesquisa e desenvolvimento. Outros 800 milhões de libras serão destinadas pelas duas marcas no desenvolvimento de novas tecnologias sustentáveis.

MAN paralisa produção

MUNIQUE (Reuters) - O conglomerado industrial MAN AG vai interromper a produção de suas fábricas de caminhões na Alemanha por 42 dias durante a primeira metade do ano diante do desaquecimento da economia, disse a empresa nesta segunda-feira.

Os sindicatos de trabalhadores e as autoridades locais concordaram em reduzir as horas de trabalho nas unidades de Munique, Nuremberg e Salzgitter, disse um porta-voz da MAN à Reuters.

Cerca de 9,4 mil trabalhadores serão afetados pelas medidas. O porta-voz disse que não poderia informar se novas reduções de jornada irão acontecer no segundo semestre do ano.

A MAN afirmou em dezembro que a produção de suas linhas principais de caminhões seria 30% menor em 2009 e que poderia interromper a produção entre 40 e 50 dias.

Em dezembro, a companhia alemã assumiu o controle da brasileira Volkswagen Caminhões e Ônibus por 1,175 bilhão de euros em dinheiro. A Volkswagen alemã é a maior acionista da MAN, com 29,9% de participação no controle.

Fiat apresenta o Fiorino elétrico

A Fiat lançará na Europa até o final do ano o Fiorino Eletric, versão elétrica do utilitário que nada tem a ver com o Fiorino vendido no Brasil. Lá, o carro terá um motor de 60kw que atinge 100 km/h de velocidade máxima e acelera de 0 a 50 km/h em 6,4 segundos

O motor a eletricidade foi projetado pela Fiat em parceria com a Micro-Vett, empresa especializada em propulsores de emissão zero. Ele tem diferentes tipos de uso, usando a energia elétrica conforme a demanda. Na cidade, por exemplo, o motor usa metade de sua capacidade.

A carga será feita na tomada de casa. O tempo para recarregar as baterias pode variar de três a oito horas, de acordo com a montadora.


DVD DE TETO

O DVD de teto é oferecido pela Renault na versão Authentique a partir de 2007 e também na Kids, uma série limitada a 500 unidades.

Esse equipamento pode ser instalado no seu carro atual. O DVD original do modelo, incluindo aparelho de painel, fone de ouvido, monitor de teto e a instalação, tem preço a partir de R$ 4.200, o que realmente é muito caro. Nas lojas de acessórios do mercado paralelo, um aparelho similar a esse tem custo entre R$ 1.200 (com tela de sete polegadas) e R$ 1.700 (tela de 10 polegadas).

Antes de por o aparelho no carro, é preciso consultar uma loja especializada e de confiança. Colocar o equipamento não é difícil, só é preciso que o instalador tome cuidado na hora de recortar a forração do teto, que não é fácil de encontrá-la nas lojas para reposição.

Segundo a revenda autorizada consultada, a Scénic já vem de fábrica com os pontos apropriados para a fixação dos parafusos que prendem o monitor.

Últimas notícias

Primeiro Camaro 2010 é leiloado por US$ 350 mil

A casa de leilões Barrett-Jackson leiloou a primeira unidade do Chevrolet Camaro produzido por US$ 350 mil (R$ 813,4 mil). O comprador terá o direito de ter o veículo número um que deverá sair da linha de montagem daqui a um mês.

Quem deu o maior lance também poderá escolher entre o motor V6 e o V8, entre o câmbio manual ou automático e ainda escolher a cor do bólido. O dinheiro será doado pela GM, que está próxima da falência, para a Associação Americana do Coração.


Fiat apresenta 500 conversível em Genebra

A Fiat vai apresentar no Salão de Genebra (Suíça), em março, o 500 Cabrio. Ainda há poucas informações sobre o modelo. As primeiras notícias que chegam dão conta de que o modelo, que terá apenas dois lugares, pode ser equipado com uma capota de lona com acionamento manual.

Fabricado na Polônia, o modelo tem a mesma estrutura do Cinquecento normal, com três tipos de motor: 1.2 de 69 cv (cavalos), 1.3 Multijet de 75 cv e 1.4 de 100 cv (este com sistema Stop/Start, que desliga o motor quando o veículo está em marcha lenta), todos a gasolina. O modelo deve começar a ser vendido na Europa em meados do ano. A Fiat estuda importar a versão regular para o Brasil ainda neste ano.

Toyota reestiliza na Europa seu compacto Yaris

A Toyota realiza na Europa uma reestilização de seu compacto Yaris, que chega à linha 2009 com leves mudanças estéticas, como o desenho dos para-choques, das lanternas e das rodas, além de ampliar a gama de cores. O interior recebe um novo quadro de instrumentos (posicionado no centro do painel), completamente redesenhado, que toma o lugar da tela digital, bem como novos equipamentos de navegação. Os comandos do ar-condicionado e das saídas de ar também foram reformulados.
Sua versão de entrada tem duas portas, motor de 69 cv (cavalos) de potência (sai de linha o de 87 cv) e custa a partir de 9.500 euros. Seus concorrentes diretos são Citroën C2 e Renault Twingo. Entre as novidades é a conexão Bluetooth do telefone com comandos no volante, além da possibilidade de ESP (controle de estabilidade) como opcional, por 450 euros. Outra opção de motor é o 1.3 de 101 cv. A nova versão perde uma divisória que o modelo tinha no porta-malas, que formava uma espécie de prateleira, muito prática para carregar diferentes volumes.

Desenhos do 370Z Roadster vazam na internet

Os desenhos de patente do Nissan 370Z Roadster já vazaram na internet e mostram que o carro ganhará uma nova frente e manterá a capota de lona. Uma rígida poderá estar disponível como opcional, como acontece com o 'primo' Infiniti G37.

Outra diferença está na traseria. Enquanto o antecessor 350Z tinha a tampa do portamalas com uma leve caída, a do 370Z será mais alta e terá a terceira luz de freio embutida. A estréia do Nissan 370Z Roadster está marcada para abril, no Salão de Nova York.

Com novo IPI, Troller passa a custar R$ 79.498

Seguindo benefícios válidos de redução de IPI para veículos com motor até 2.0 litros, os jipes de fabricação nacional tiveram o IPI (Imposto Sobre Produto Industrializado) reduzido de 15% para 7,5%. A redução passou a valer desde a última sexta-feira, quando foi publicado o decreto no Diário Oficial da União. Com a nova alíquota, um Troller novo, que tinha preço sugerido de R$ 85 045 passa a custar R$ 79 498.

De acordo com a Receita Federal, a desoneração do imposto já valia para caminhonetes, picapes e furgões, além de automóveis de passeio. Carros com motores de até 1 000 cilindradas tiveram o IPI reduzido de 7% para zero, enquanto aqueles com motores entre 1 000 e 2 000 cilindradas tiveram redução na alíquota de 13% para 6,5%. No caso de modelos flex ou movidos a álcool, a diminuição foi de 11% para 5,5%.

Em troca de socorro, França pode assumir participação em fábricas

A França pode oferecer assistência financeira para a abalada indústria de veículos do país em troca de participações nas montadoras, informou o ministro da Indústria do país, Luc Chatel, antes de reunião na terça-feira (20) que deve anunciar medidas de amparo. O presidente francês Nicolas Sarkozy informou na semana passada que a França injetaria "muito dinheiro" na indústria de veículos do país, uma das maiores empregadoras locais -- a França é sede dos grupos PSA Peugeot Citroën e Renault-Nissan.

A ministra da Economia, Christine Lagarde, informou que o governo deveria provavelmente anunciar medidas para impulsionar o capital das montadoras e melhorar o financiamento para compra de veículos. Mas Chatel informou em entrevista publicada nesta segunda-feira (19) que nada foi decidido.

"As necessidades das montadoras não são obrigatoriamente na forma de ampliar seu capital, mas em troca de nosso apoio financeiro poderemos assumir participação no capital, em alguns casos, numa troca justa", afirmou Chatel ao jornal Le Figaro.

O governo deve se reunir com representantes da indústria de veículos na terça e detalhar um plano para ajudar o setor diante de uma grande queda nas vendas gerada pela crise econômica e restrição ao crédito. Outro jornal, o Le Parisien, publicou que o plano pode valer um total de entre 5 bilhões e 10 bilhões de euros.

Chrysler e Fiat negociam parceria para salvar a americana

A Fiat e a Chrysler estão negociando um acordo estratégico que pode resultar numa participação acionária do grupo italiano no norte-americano, hoje propriedade de um fundo internacional de investimentos e vivendo uma grave crise -- teve perda de 30% nas vendas em 2008, e recebeu US$ 4 bilhões do governo dos Estados Unidos para sobreviver num futuro imediato.

A principal parte interessada na parceria, diz o boletim Automotive News em sua edição européia, é a Chrysler, que encontraria no grupo italiano a expertise, as plataformas e os trens de força para modelos compactos e de médio porte, com tração dianteira e menor nível de emissão de poluentes -- uma total mudança de paradigma para a Chrysler, dona das marcas Dodge e Jeep e especialista em veículos grandes e beberrões, atualmente rejeitados pelos mercados mais evoluídos.

A união com a Fiat pode ajudar a marca dos EUA a reverter uma importante desvantagem em relação à General Motors e a Ford. Essas duas companhias também enfrentam problemas, mas têm maior capacidade de se adaptar aos novos tempos devido à importante produção de modelos compactos em suas unidades e subsidiárias europeias -- no caso da GM, principalmente a alemã Opel.

O sedã Trazo, assinado pela Dodge, mas feito pela Nissan (na verdade, é um Tiida três-volumes), é o resultado de um acordo semelhante da Chrysler com uma marca já mais capacitada a construir modelos de dimensões menores.

sábado, 17 de janeiro de 2009






Visual agressivo, com jeito de poucos amigos, é atribuído a alguns veículos ao se descrever a dianteira -- o ST1, porém, garante este aspecto mesmo na traseira

vectra
fiat uno 1.5 r




Lateral encorpada abriga as quatro tomadas de ar laterais que alimentam o coletor d motor 7.0 V8 e tbm as rodas d liga-leve de 19 e 20 polegadas com pneus d perfil baixo 255-35 e 255-30

O cupê Zenvo ST1 é equipado com motor 7.0 litros V8, uma versão mais brutal daquele utilizado no Chevrolet Corvette Z06

propulsor LS7 produz abusivos (e absurdos) 1.119 cv de potência (6.900 rpm) e 145,8 kgfm de torque máximo (4.500 rpm)
Segundo a Zenvo, o modelo acelera de zero a 100 kmh em 3 segundos e chega à máxima de 375 kmh, limitada eletronicamente

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Direto de Detroit: um balanço sobre a mostra No principal salão norteamericano, a crise global foi o centro das atenções

Acabou. Chegaram ao fim as apresentações do Salão de Detroit (NAIAS). Oficialmente ele só termina nesta terça-feira (13) às 13h25 (horário local), mas o que todos queriam ver já passou pelos olhos. E decepcionou. Não que se esperasse um show após o outro em meio à tempestade financeira que está apenas começando por aqui, mas palavras como "pesadelo", "situação terrível" e "quase irremediável" não são raras de escutar a cada entrevista. Há quem garanta ser esse, de longe,o salão mais frio da historia. Não só pela temperatura, que chegou aos -13º C, nem pelos lançamentos - que até deram as caras por aqui -, mas sim pela falta de perspectiva em um mundo melhor para o setor em 2009.

A GM abriu a mostra com um Wagoner sorridente e munido do discurso de que a GM "faz carros excelentes, picapes sem igual e é líder em tecnologia há tempos", palavras inversas às do comunicado feito há algumas semanas, quando ele se desculpava pela falta de qualidade dos carros da marca. Ao lado dos jornalistas, havia cerca de 600 funcionários da fabricante que trabalham em Hamtramck, nas cercanias de Detroit gritando palavras de incentivo como “Were eletric” (nós somos elétricos), “Charged Up” (carregado), “40 mpg” (medida de consumo usada nos EUA equivalente a 17 km/l) e “Here to Stay” (aqui para ficar). Todas estampadas em letras garrafais em placas de 1 metro quadrado.

Na conversa com Chad OBrien, um dos manifestantes, afirmou que “isso é importante para mostrar a todos que quem faz o trabalho da GM acredita na empresa mais do que tudo e todos”. Por outro lado, outro empregado que resumiu seu nome a Justin, um jovem, tipicamente americano desta região, afirmara quem nem todos estavam ali de livre e espontânea vontade. “Primeiro nos pediram para vir, voluntariamente e só houve 65 adesões. Depois convocaram o restante e pagaram hotel, alimentação e mais um dia de folga do trabalho”, disse. Perguntado sobre qual era a situação dele, apenas sorriu, piscou um olho e disse “eu amo a GM, cara”. Foi fácil perceber.

Do lado de fora, meia hora depois, uma mini passeata da UAW (United Auto Workers, sindicato dos trabalhadores da indústria automotiva) com 80 funcionários das três grandes montadoras que reclamavam da perda de benefícios que serão “obrigados” a aceitar para manter seus empregos. Nick Lauher, de 41 anos, cabeludo e dono de um grande bigode gritava: “Nos construímos este país, não vão nos tirá-lo”.

Entre as novidades da marca, eis o Volt. Novidade? Sim. Rick Wagoner mostrou aos jornalistas que o sistema de baterias está pronto, feito em conjunto com a LG sul-coreana. Quem mostrou vigor foi o Cruze, novo sedã da marca que tem ares de BMW Série 3. Saturn Aura, Chevrolet Aveo, Cadillac Converj e até o Camaro, pasme, fizeram um desfile, bradando suas capacidades de economizar combustível.

O Beat também vem aí, mas com nome de Spark. Será o carro compacto mundial da marca e estréia em 2011. Brasil? Pode ser. Caso seja feito no México. Hoje a marca encerrou suas apresentações com outro desfile, só que pela Washington Boulevard, em frente ao Cobo Center, local do evento. Desta vez 18 Saturn Vue Hibrid (o nosso Captiva) estavam perfilados junto a mensagem "Change", em comemoração e desejo de Boa Sorte a Barack Obama, abaixo da placa havia a data da posse 1 - 20 - 2009. Faltou entusiasmo, faltou glamour, faltou o famoso hot dog no estande da marca. O governo Americano está de olho na GM. Gastança só de trabalho.

Pelos lados da Ford, não se viu o semblante cabisbaixo de sua maior concorrente em solo ianque, no entanto nada de empolgação. A marca lançou o novo Ford Taurus, um belíssimo sedã, de acabamento requintado ao extremo e sem nada a ver com a barca que frequentou o Brasil por duas gerações consecutivas, prometeu o Fiesta para a metade de 2009 nos EUA, mostrou o novo Mustang Shelby GT 500 mais potente da historia e encerrou a apresentação com a cabeça enfiada no meio ambiente. A linha EcoBoost ganhará as ruas a partir de fevereiro, “gastando como um econômico V6 e andando como um V8 graças ao turbocompressor”, afirmava Derrick Kuzak, vice-presidente global de desenvolvimento da montadora. Será isso o bastante para o americano voltar a comprar? Veremos.

Na Chrysler viu-se a mais acachapante imagem do tamanho da crise. Apesar de toda a desenvoltura de Jim Press, vice-presidente do grupo, ao tratar do assunto, ele passou boa parte da apresentação dando exemplos do tamanho da crise no mundo para justificar a queda de 50,2% nas vendas em 2008. “O ano foi péssimo, creio que 2009 não possa ser pior, mas vai que seja, ninguém sabe... estamos trabalhando com tudo feito para o novo século, mas o mercado se retraiu tanto que voltamos aos anos 1980”, confessou em entrevista exclusiva ao Carro Online.

Apesar disso, felizmente, a marca continua em sua escalada de produtos excitantes. Anunciou que em breve terá um esportivo elétrico, o Circuit EV. Alias, EV foi o nome oficialmente dado a toda linha híbrida, que trouxe o Patriot, Town & Country e Wrangler Unlimited. A boa nova foi o conceito 200C, uma releitura do 300C em tempos mais simplórios. Ele é menor que a inspiração, mas tem linhas mais agressivas e musculosas, sem, em momento algum, perder a identidade da marca. Na minha opinião, o principal destaque entre as “big three”.

Na outra ponta do mapa da crise, sem fugir dele, esteve a Toyota. Cotovelos e flashes para todos os lados só para ver de perto a terceira geração do Prius. Lançado em 1997, o híbrido da marca chega a 2009 com desenho aprimorado, mais equipamentos e bebendo ainda menos, sua principal característica. Faz 21,2 km/l em percurso combinado entre cidade e estrada. Reconhecendo o péssimo ano de 2008, no qual a empresa detectou seu primeiro prejuízo na historia, Bob Carter, responsável pelas operações da Toyota nos EUA, afirmou que "não haveria momento melhor para lançar a terceira geração do Prius do que em meio à tormenta pela qual o mundo passa".

Foi melhor que a Honda, que apesar de apresentar o híbrido Insight, não trouxe um único executivo para a mostra Americana. Expôs os carros, distribuiu seu material de divulgação e pronto. Só. Desconfiança? Economia? Desdém? Que tal os três?

AMG muda foco de seus produtos

Divisão esportiva passa a investir em modelos leves e eficientes
Volker Mornhinweg, chefão da AMG, divisão esportiva da Mercedes, declarou que a empresa mudará seu foco atual – alterar motores para que fiquem ainda mais potentes (e beberrões). Segundo Mornhinweg, a "guerra para ter o motor mais potente acabou" e, a partir de agora, a intenção da empresa é investir em redução de peso dos bólidos, no trabalho para melhorar a eficiência dos blocos e no investimento em tecnologias alternativas. .
Nesta conta entram os motores a diesel, híbridos e quatro cilindros da Mercedes, que devem ser os preferidos para modificações diante desta nova filosofia. Uma cena que seria bastante improvável há alguns anos, como um Classe A AMG, por exemplo, pode não estar tão distante, como cogita o site da revista inglesa Autocar.

Hugo Passarelli


A AMG – divisão de alto desempenho da Mercedes-Benz – anunciou por meio de seu chefe de operações, Volker Mornhinweg, que lançará um modelo com propulsor a diesel dentro de três anos. Num primeiro momento, a idéia é trazer o motor para modelos menores e de baixo peso, de modo a destacar a eficiência e economia da solução.
O escolhido poderia ser algum carro da linha Classe C, com o modelo C320. Mas isso não impede que, futuramente, os modelos maiores da Mercedes, como os da Classe S, venham a receber também versão a diesel. A iniciativa não é inédita dentro da empresa. Em 2002, o cupê C30 AMG já vinha com esse tipo de motor (na época, a empresa de preparação comemorava 35 anos de existência).


AMG planeja modelos ecológicos

Onda verde faz preparadora considerar motores híbridos e a diesel


Os altos preços do petróleo e a preocupação ecológica cada vez maior “contaminaram” até as preparadoras. Segundo a revista CAR, o diretor-geral da AMG (divisão de carros preparados da Mercedes-Benz), Volker Mornhinweg, confirmou que a empresa pretende equipar seus modelos com motores híbridos até o final da década. Versões a diesel também estariam nos planos.
Mesmo que pareça estranho à primeira vista, vale lembrar que propulsores movidos a diesel são bastante favorecidos no quesito torque – item fundamental em um carro esportivo. Esses blocos ainda apresentam grande parte de sua força disponível em baixas rotações; os elétricos, por sua vez, têm 100 % de potência disponível em qualquer "rotação", já que eles não giram como os modelos a combustão.
O motor 6.2 l V8 deverá ser um dos alvos da empresa. Uma das possibilidades estaria no emprego da tecnologia do S400 BlueHYBRID, primeiro veículo híbrido da Mercedes, para melhorar sua eficiência. A AMG poderia também aproveitar o sistema start-stop do S400, que desliga o motor sempre que o carro pára, resultando em economia combustível e menor emissão de CO2.
Num cenário de crise mundial, o rumo da empresa para manter-se competitiva deverá ser este: aproveitar a tecnologia para criar modelos mais eficientes, sem perder de vista a tradição esportiva que a tornou famosa.

Hugo Passarelli