sábado, 31 de janeiro de 2009

Toyota tira GM do topo após 77 anos

Carsale - O ano de 2008 ficou marcado pela grave crise na economia mundial, com algumas empresas enfrentando sérias dificuldades, inclusive beirando a falência. No entanto, os últimos doze meses foram úteis para colocar fim a uma dúvida na indústria automotiva. Se alguém te perguntar qual é o maior fabricante do mundo, você já pode responder tranqüilamente: Toyota. Desta forma, o conglomerado americano perde a liderança do setor após 77 anos.

A vitória da Toyota foi confirmada nesta quarta-feira (21), após a GM anunciar os resultados de suas vendas globais em 2008. Foram 8.35 milhões de veículos comercializados mundialmente, contra 9.37 milhões em 2007, uma queda de 10,8%. O grupo nipônico, apesar de também registrar baixa de 4% nas vendas no último ano, vendeu 616 mil unidades a mais que seu rival (8.97 milhões).

Em 2008, a GM comercializou 5.37 milhões de veículos fora dos Estados Unidos, que representam 64% do volume total de vendas. Em 2007, esta cifra era de 59%. Somente no mercado norte-americano, a queda foi de 22,7%, enquanto a Toyota viu um declínio de 15,4%.

Embora tenha registrado bons resultados em outros mercados, como América Latina, África, Oriente Médio e a região da Ásia-Pacífico, a GM não conseguiu escapar do abalo na economia global. Uma vez mais, a falta de crédito, os preços das matérias primas, bem como a incerteza econômica foram citadas pela empresa como razões para a queda.

EUA: Ford anuncia prejuízo de US$ 5,9 bi

Carsale - Apesar de ter sido o único dos três grandes fabricantes de veículos de Detroit a não aceitar o auxílio financeiro do governo americano, a Ford mostrou que ainda tem de superar muitas dificuldades para se livrar dos prejuízos. Isto porque a empresa divulgou uma perda substancial de US$ 5.9 bilhões (cerca de R$ 13 bilhões) no último trimestre de 2008. Esta soma, quando desmembrada, aponta que a marca perdeu US$ 500 milhões por semana ou cerca de US$ 2,46 por ação.

A Ford citou o declínio acentuado na procura de veículos para justificar o abalo em seu desempenho financeiro vindo de quase todos os mercados ao redor do globo. A empresa viu seu dinheiro ir embora nas operações da região Ásia-Pacífico, América do Norte e Europa. Somente a unidade da América do Sul e as atividades da Mazda geraram algum rendimento. Dentro do grupo, uma das piores performances ficou por conta da Volvo que, sozinha, foi responsável pela perda de US$ 736 milhões.

O prejuízo da Ford no último semestre pode ter sido alto, mas ficou bem abaixo dos US$ 7.7 bilhões (aproximadamente R$ 17.5 bilhões) que a montadora queimou no terceiro trimestre de 2008. Além disso, no último ano, a participação de mercado do grupo cresceu nos Estados Unidos e Europa.

A Ford ainda afirma que tem liquidez suficiente para financiar seu plano de negócios e investimentos em produtos para os próximos meses, revelando que terminou 2008 com US$ 24 bilhões em liquidez disponível. Desta forma, a empresa reitera que não precisará recorrer a um empréstimo-ponte junto ao governo dos EUA. No entanto, o fabricante diz que recorrerá a outras linhas de crédito para ter acesso a US$ 10.1 bilhões, (R$ 23 bilhões) por causa da instabilidade dos mercados capitais.

Segundo suas previsões, a Ford esperar atingir o 'break-even', ou seja, o ponto em que os ganhos igualam as perdas, em 2011.


Honda mostra S2000 Ultimate Edition

Carsale - A Honda anunciou nesta quinta-feira (29) o lançamento da edição derradeira do roadster S2000 na Europa, a Ultimate Edition. A série, que marca a despedida do esportivo do mercado europeu, será apresentada oficialmente no Salão do Automóvel de Genebra, na Suíça, em março, com as vendas começando simultaneamente. A notícia sobre a chegada da Ultimate Edition ao velho continente ocorre dois dias após a confirmação do encerramento da produção do roadster, marcado para junho próximo, uma década após a estréia do conversível no mercado.

O S2000 Ultimate Edition será oferecido exclusivamente com carroceria pintada na cor branca Grand Prix, que homenageia o primeiro monoposto de Fórmula 1 da Honda, revelado em 1964, e que tem sido utilizada em outros carros de corrida da marca. As rodas de alumínio são pintadas na cor grafite. Por dentro o Ultimate Edition traz couro vermelho sobre os assentos e assoalho e costuras avermelhadas na coifa da alavanca de câmbio. A exclusividade do modelo é garantida por uma placa metálica fixada na soleira da porta e que traz o número de série do veículo.

Sob o capô, nada muda. O motor é o mesmo 2.0 l VTEC que equipa a versão padrão. Esse bloco é acoplado a uma caixa de transmissão manual de seis marchas e que pode desenvolver 243 cavalos de potência a 9.000 rpm e torque de 21,1 kgfm. Desde que foi lançado, em 1999, até o fim de 2008, foram vendidos 110.673 exemplares do roadster em todo o mundo.


Audi vende A3 Sportback sem juros

Carsale – Uma nova campanha de vantagens para a compra do hatchback A3 Sportback está sendo oferecida na rede de concessionárias da Audi. Desde terça-feira (27) até o fim de fevereiro, as revendas da marca vão disponibilizar um plano de financiamento especial, com 50% de entrada e o saldo em 24 prestações fixas sem juros. Com esta estratégia, a Audi pretende alavancar as vendas do A3 em 20% no mês que vem.

Para adquirir a versão topo de linha do hatch equipada com motor 2.0 litros TFSI e câmbio automático Stronic, por exemplo, o cliente terá de desembolsar R$ 62.031,05, no ato, e dividir o restante em 24 parcelas fixas de R$ 2.651,90 (já incluídos o Imposto sobre Operações Financeiras, IOF, e a taxa de cadastro), totalizando R$ 124.063.

Com a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), aplicada pelo governo federal em dezembro passado, e a criação de uma nova estratégia de combinação de equipamentos, a Audi reajustou os preços dos novos A3 Sportback. A versão de entrada, equipada com motor 1.6 l, passou a ser comercializada por R$ 96.088. A variante com motor 2.0 l TFSI agora sai por R$ 117.514. Já o modelo topo de linha, com motor 2.0 TFSI e câmbio STronic, sofreu desconto de R$ 21.437. Desde que passou a ser importado, em 2006, o A3 Sportback acumula 1.762 unidades emplacadas

Morre João Amaral Gurgel, aos 82 anos Dono da extinta Gurgel Motores sofria de Mal de Alzheimer havia oito anos

João Augusto Conrado do Amaral Gurgel, dono da extinta Gurgel Motores, a mais importante fabricante independente com capital integralmente nacional , morreu nesta sexta (30), aos 82 anos, em São Paulo. Gurgel, que havia oito anos sofria de Mal de Alzheimer, estava internado no hospital São Luiz.

Suas primeiras atividades industriais na capital paulista foram modestas, no início dos anos 60. Produziu karts (Gurgel Júnior), minicarros para crianças (réplicas de Corvette e Karmann-Ghia) e realizava experiências iniciais com veículos elétricos embrionários. Gurgel fundou em 1962 na cidade de Rio Claro (SP) a fábrica que levava seu nome. Durante esse período Gurgel desenvolveu carros totalmente nacionais, do projeto à fabricação.
João Augusto Conrado do Amaral Gurgel - foto ReproduçãoNo Salão do Automóvel de 1966, três anos antes de se estabelecer de modo mais bem organizado como indústria, lançou o bugue Ipanema com chassi e mecânica do Fusca. O utilitário leve Xavante XT tornou-se o primeiro sucesso de vendas já em 1970. As linhas lembravam as do Ipanema, mas Gurgel desenvolveu um chassi próprio e engenhoso: tubular de aço, revestido de plástico reforçado com fibra de vidro, sendo esse também o material da carroceria.

Gurgel Supermini - foto Divulgação
O Gurgel Supermini, um dos sucessos da fábrica paulista

"Gurgel era um sonhador. Ele é quem foi mais longe na missão de construir um automóvel genuinamente nacional", afirma o jornalista especializado em indústria automobilística Fernando Calmon, colunista de Interpress Motor. São inúmeros os modelos que ainda rodam por aí: BR-800, Supermini (uma evolução daquele), Carajás, XEF, Tocantins, entre outros. As atividades da Gurgel Motores S.A. foram encerradas em 1994.

"CINCO PERGUNTAS PARA..."
Pasquale comenta o Acordo no mundo dos carros
Reforma muda grafia de "para-choque" e "para-brisa"; vocabulário não muda

Na primeira semana do ano, uma amiga que trabalha como assessora de imprensa de uma montadora telefonou para este repórter, perguntando como ficaria a grafia de várias palavras com a entrada em vigor do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. Não são poucas as palavras do universo automobilístico afetadas.


Resolvemos então perguntar a uma autoridade no assunto, o professor Pasquale Cipro Neto, que também é um declarado apaixonado por automóveis. A seguir, nossa conversa.

Pasquale Cipro Neto - foto Luís PerezInterpress Motor - O que o novo Acordo Ortográfico muda na grafia de palavras do universo automobilístico? Como ficam agora termos como "pára-brisa", "pára-choque", entre outros?

Pasquale Cipro Neto -
Essas palavras passam a "para-brisa" e "para-choque", respectivamente. O único caso de "para" (forma verbal) que perde o hífen é o de "paraqueda" (e "paraquedista" etc.).

IM - Na frase "O trânsito sempre pára nesse horário", o acento diferencial fica ou sai? Nesse capítulo não tem como escapar da decoreba?

Pasquale -
Lamentavelmente, o acento cai. É um dos absurdos do Acordo. Não há como escapar da decoreba, não. É preciso pôr na cabeça que este cai, aquele não cai etc.

IM - Será que vai ter gente fazendo bobagem? Por exemplo, tirando o trema de Citroën?

Pasquale -
Certamente. Até a ABL [Academia Brasileira de Letras] anda fazendo bobagem (a ABL publicou um "Dicionário Escolar" em cuja primeira edição há uma série de problemas). Quanto ao trema, ele fica nas palavras estrangeiras.

IM - O Acordo aproxima ou distancia Portugal do Brasil? Afinal, lá rodas são chamadas de jantes, freios, de travões e compartimento do motor, de cofre... Ou em termos de vocabulário nada muda?

Pasquale -
O Acordo só mexe na ortografia, portanto os portugueses vão continuar chamando as rodas de jantes, e nós vamos continuar chamando as jantes de rodas.

IM - As agências de publicidade já disseram que só vão adotar as mudanças quando a nova ortografia estiver mais consolidada, via meios de comunicação. Todo mundo pode fazer isso?

Pasquale -
Até 31 de dezembro de 2012, ninguém precisa seguir a nova ortografia. O ideal seria, no mínimo, esperar a publicação do Vocabulário Ortográfico, que a ABL promete para o fim de fevereiro. Na minha comunicação pessoal, não adotei e só vou adotar na madrugada de 1º de janeiro de 2013, se os diabos não me tiverem carregado deste mundo.

Chevrolet Prisma fica mais potente

Carsale - A General Motors do Brasil empreendeu algumas melhorias ao motor 1.4 litro Econo.Flex que equipa o Chevrolet Prisma. Agora o bloco passa a entregar 95 cavalos de potência a 6.000 rpm com gasolina no tanque, em vez de 89 cv da versão anterior. O torque também aumentou e foi para 13,7 kgfm a 2.800 rpm - 0,8 kgfm a mais que a medida antiga -, abastecido com álcool. De acordo com a GM, a potência com o combustível vegetal foi mantida em 97 cv. Os engenheiros do fabricante de São Caetano do Sul também aproveitaram a oportunidade para elevar a capacidade do tanque para 54 litros - 6,2 l a mais que o reservatório antigo. Com essa modificação, o sedã ganhou em autonomia e pode rodar perto de 1.000 quilômetros sem a necessidade de reabastecimento.

Ainda de acordo com a GM, o Prisma pode rodar 13 quilômetros com um litro de gasolina em percursos urbanos, e 18,3 km/h na estrada. Com álcool, a média de consumo na cidade é de 9 km/l e 12,4 km/l, na estrada. A aceleração de 0 a 100 km/h é feita em 10,9 segundos, com álcool, e 11,4 s, com gasolina. A retomada de velocidade de 40 km/h a 100 km/h é atingida em 15,3 s, com o combustível vegetal no tanque, e 15,7, com o derivado do petróleo. A velocidade máxima do modelo é de 180 km/h, com álcool. Entre as melhorias sofridas pelo conjunto mecânico destacam-se a inclusão de acelerador eletrônico (Electronic Throttle Control). O pacote de equipamentos passa a contar com luz auxiliar de freio de série nas versões Joy e Maxx.

Jaguar e Land Rover: centro ecológico

Carsale - A divisão JLR, formada pelas marcas de luxo britânicas Jaguar e Land Rover e pertencente ao grupo indiano Tata, apresenta na próxima segunda-feira (26), seu novo Centro de Excelência para formação de técnicos e instrutores. Localizado na cidade de Warwick, na Inglaterra, o espaço, de 4 mil metros quadrados, é totalmente adaptado com materiais e soluções ecológicas.

No local serão oferecidos cursos de mecânica e tecnologia voltados aos funcionários do grupo e concessionários do mundo todo. O local recebeu o prêmio de Treinamento de Qualidade Standard, concedido pelo Learning & Skills Council. Em sua construção, foram agregadas soluções sustentáveis, como fontes de energia renováveis e utilização de materiais que não agridam a natureza.

Outras medidas 'verdes' incluem o reuso da água de chuva, utilização de energia solar para aquecimento da água e forração em espuma para manter o calor do ambiente. Segundo as marcas, com estas iniciativas, mais de 275 toneladas de CO2 deixarão de ser produzidas anualmente.

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