A Fiat e a Chrysler estão negociando um acordo estratégico que pode resultar numa participação acionária do grupo italiano no norte-americano, hoje propriedade de um fundo internacional de investimentos e vivendo uma grave crise -- teve perda de 30% nas vendas em 2008, e recebeu US$ 4 bilhões do governo dos Estados Unidos para sobreviver num futuro imediato.
A principal parte interessada na parceria, diz o boletim Automotive News em sua edição européia, é a Chrysler, que encontraria no grupo italiano a expertise, as plataformas e os trens de força para modelos compactos e de médio porte, com tração dianteira e menor nível de emissão de poluentes -- uma total mudança de paradigma para a Chrysler, dona das marcas Dodge e Jeep e especialista em veículos grandes e beberrões, atualmente rejeitados pelos mercados mais evoluídos.
A união com a Fiat pode ajudar a marca dos EUA a reverter uma importante desvantagem em relação à General Motors e a Ford. Essas duas companhias também enfrentam problemas, mas têm maior capacidade de se adaptar aos novos tempos devido à importante produção de modelos compactos em suas unidades e subsidiárias europeias -- no caso da GM, principalmente a alemã Opel.
O sedã Trazo, assinado pela Dodge, mas feito pela Nissan (na verdade, é um Tiida três-volumes), é o resultado de um acordo semelhante da Chrysler com uma marca já mais capacitada a construir modelos de dimensões menores.
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