quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Chrysler: três empresas brigam pelo Viper

Carsale - Em agosto do ano passado, a Chrysler disponibilizou os direitos de produção e comercialização do superesportivo Viper no mercado, mas até o momento nenhuma empresa declarou interesse em comprá-lo, pelo menos abertamente. No entanto, segundo informações da agência Automotive News, o grupo norteamericano tem em suas mãos três ofertas de aquisição da concessão. Os interessados são mantidos no anonimato, mas rumores indicam que as empresas especializadas em preparação de esportivos Saleen e Roush figuram entre eles.

Quando o anúncio sobre a venda dos direitos sobre o Viper foi feito, as primeiras impressões eram de que a iniciativa tinha como objetivo principal salvar o supercarro da extinção. No entanto, com o cenário da crise na economia, a negociação agora pode ser usada para salvar a própria a Dodge, fabricante do modelo, e a Chrysler. O grupo se beneficiaria com a manobra quando tiver de expor sua situação financeira ao Congresso dos Estados Unidos no fim de março.

A primeira geração do Viper surgiu em 1992. À época, o modelo era equipado com motor V10 8.0 l, capaz de entregar 400 cavalos de potência e torque de 64,3 kgfm. Com esse bloco a velocidade máxima do modelo alcançava 265 km/h. Atualmente, o superesportivo é disponibilizado nas versões roadster e cupê e traz sob o capô um propulsor V10 8.3 l de 500 cv, podendo chegar a 305 km/h.

Renault-Nissan: vendas caem 1,1%

Carsale - Com um total de 6.090.304 veículos comercializados em 2008, a aliança Renault-Nissan registrou queda de 1,1% em relação ao ano anterior. Isto deixa o conglomerado com 9,4% de participação no mercado mundial, uma alta de 0,3% em comparação a 2007. Desmembrando estes números, a vendas da empresa francesa tiveram retração de 4,1%, enquanto as da marca japonesa aumentaram 0,9%. No último ano, Renault e Nissan comercializaram 2.282.230 e 3.708.074 veículos respectivamente.

O Grupo Renault, formado pelas marcas Renault, Dacia e Samsung Motors, registrou queda de 4,1% nas vendas. No entanto, a participação de mercado subiu para 3,6%. Fora da Europa, no último ano, a empresa comercializou 873.798 unidades, um salto de 1,5%. Estes mercados representam 37% do total dos resultados da marca. Os destaques ficaram por conta dos negócios no Brasil, com alta nas vendas de 56,4%, Rússia e Marrocos. Já no velho continente, onde o mercado teve queda de 8,1%, a retração do grupo ficou na ordem de 0,2%.

O contrapeso veio no lado nipônico da aliança. A Nissan, com os resultados da Infiniti somados, encerrou 2008 com alta de 0,9% nas vendas mundiais. No último ano, a empresa comercializou 3.708.074 unidades, sendo que somente na Europa foram vendidos 591.139 veículos, o que representa um salto de 5,5% em relação a 2007. A Rússia permanece como o principal mercado da marca, com 154.340 unidades comercializadas, ou seja, 26,5% mais do que em 2007. Os maiores impactos foram sofridos no Japão (-5,9%) e nos Estados Unidos (-10,9%). Nestes países, a Nissan vendeu 678.126 e 951.350 unidades, respectivamente.

Nos demais mercados, a Nissan teve crescimento de 15,3% em relação a 2007, com 1.404.008 unidades vendidas. As vendas na China, onde foi registrada alta de 19,1% ante 2007, e no Conselho de Cooperação do Golfo (Bahrain, Kuwait, Omã, Qatar, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos), com salto de 17,1%, tiveram maior destaque.


Aston Martin apresenta V12 Vantage na Suíça


por ALBERTO POLO JÚNIOR

A Aston Martin vai levar ao Salão de Genebra (Suíça) o V12 Vantage. Trata-se da versão mais potente de seu modelo de entrada, até então oferecido com motor V8, e também o mais forte da história da marca britânica, que deve em breve ter representante no Brasil. Para torná-lo ainda mais exclusivo, apenas 1.000 unidades serão produzidas.

O modelo havia sido apresentado como conceito pouco mais de um ano atrás. Na ocasião seu motor 6.0 V12 (12 cilindros em "V") rendia 600 cv (cavalos). A versão de produção, contudo, entrega 517 cv e 58,2 kgfm de torque (força) máximo. Com câmbio manual de seis marchas, pode acelerar de 0 a 100 km/h em 4,2 segundos e bater nos 305 km/h de velocidade máxima.

Aston Martin V12 Vantage - foto Divulgação

Aston Martin V12 Vantage - foto Divulgação
O Aston Martin V12 Vantage, que entrega 517 cv de potência

Por fora o V12 Vantage tem para-choque dianteiro com novas tomadas de ar maiores e um spoiler inferior em fibra de carbono, capô com saídas de ar, saias laterais e para-choque traseiro redesenhado. Os discos de freio são de carbono-cerâmica e as rodas de alumínio forjado.

Empresa apresenta ônibus com internet sem fio


da Redação

A Volare apresenta o primeiro miniônibus de passageiros equipado com internet sem fio. A novidade está no 20º Festival do Turismo de Gramado (de 13 a 16 deste mês), e o modelo escolhido foi o W9 VIP, que é equipado ainda com poltronas semileito de couro mais largas, bagageiros ampliados, parede de separação entre a cabine do motorista e o salão de passageiros, ar-condicionado, DVD com entrada USB, rádio com toca-MP3 e monitores de TV de 15,4 polegadas.

"Conseguimos trazer para os veículos de transporte de passageiros um avanço tecnológico inédito e importante para a tendência de estar o tempo todo conectado à internet. Isso permitirá que os passageiros possam, sentados no nosso miniônibus, trabalhar e acessar a rede durante a viagem", afirma Nelson Gehrke, diretor da empresa.

Volare W9 - foto Divulgação
O Volare W9, miniônibus que ganha a opção de wireless

O Volare W9 recebeu inovações herdadas de modelos de passeio, como sensores de estacionamento e duas telas de sete polegadas instaladas no painel de instrumentos que auxiliam nas manobras em marcha à ré. Há ainda GPS (sigla em inglês para sistema de posicionamento global), que permite saber a sua exata localização, velocidade e tempo 24 horas por dia. O modelo é equipado com motor eletrônico MWM 4.12 Euro III de 150 cv (cavalos).

SERVIÇO
Tire suas dúvidas sobre blindagem de carros
Engenheiro de blindadora que está no salão esclarece principais pontos

da Redação

Quem pretende adquirir um carro blindado para proteger a si e à sua família sempre tem inúmeras dúvidas: como escolher o blindado e a blindadora? Blindado usado é mau negócio? Contra que tipo de armas estou protegido? Que tipo de blindagem é o mais comum? Posso acompanhar o processo de blindagem?


Quem responde a essas e outras perguntas sobre o tema é o engenheiro Rogério Garrubbo, diretor da Concept Blindagens, primeira blindadora nacional a obter certificação do Cesvi (Centro de Experimentação e Segurança Viária), uma espécie de ISO 9002 das blindadoras, um setor que tem, segundo o executivo, muitas empresas pouco idôneas.

A empresa está com estande no 25º Salão de São Paulo – ele fica ao lado do da Platinuss, cujo Pagani Zonda Roadster F (de R$ 5 milhões) é uma das principais atrações da feira que vai até domingo (9). Confira a seguir um tira-dúvidas com as principais questões sobre blindagem de automóveis.

> Quero ter um carro blindado. Por onde devo começar?
Se sua idéia é adquirir um automóvel zero-quilômetro para mandar blindar, é preciso escolher a blindadora com muito cuidado. Uma vez com indicações nas mãos, pesquise a documentação específica do estabelecimento – se ele tem certificações no Exército, na Polícia Civil, que materiais são utilizados na blindagem, se eles são testados e aprovados.

Apenas com todas as formalidades cumpridas à risca você poderá, ao final do processo, obter o certificado de registro e fazer seguro do seu veículo. Se no momento em que você pedir algum documento a pessoa começar com um "veja bem...", é um mau sinal.

Um bom referencial para a escolha é o Cesvi (Centro de Experimentação e Segurança Viária), que começou a certificar empresas de blindagem de qualidade, uma espécie de ISO-9002 do segmento. Uma vez verificada a documentação, vale a pena visitar as blindadoras pré-selecionadas. Não se contente com o showroom. Exija uma visita à oficina. Peças espalhadas pelo chão e funcionários de bermuda, calça jeans ou chinelos são um péssimo sinal. É imprescindível conversar com o engenheiro responsável pelo processo e conhecer a empresa pessoalmente. Muita gente compra gato por lebre e fica feliz, achando que fez o melhor negócio.

> É melhor blindar um carro novo, um usado ou já adquirir um veículo blindado?
A resposta depende da condição econômica. Quem estiver se apertando demais para adquirir um blindado, deve pesquisar no mercado de seminovos, pois há excelentes opções, com relação custo-benefício bastante interessante. Essa situação só é complicada para quem faz questão de andar em um zero-quilômetro. A maior diferença entre a blindagem feita hoje e a de cinco anos atrás está no peso, que ficou 50% menor nos últimos tempos.

> Quanto pesa uma blindagem? É verdade que faz muita diferença no desempenho do carro?
Não, principalmente se levado em conta que não se costumam blindar automóveis pouco potentes, os famosos 1.0, por exemplo. De fato, não é recomendável blindar um veículo de potência inferior a 90 cavalos. Uma blindagem pesa em média 200 kg, o que o peso de três homens adultos supera tranqüilamente. As blindagens mais leves aplicadas a sedãs médios pesam em torno de 170 kg.

O menor veículo que se pode blindar hoje no Brasil é uma picape pequena, como a Fiat Strada. Nesse caso, o peso ficará em cerca de 110 kg. Em relação a preço, uma blindagem de primeira linha em um carro médio custa R$ 56 mil. Se a blindadora cobrar menos de R$ 48 mil, alguma coisa está errada. Pode ser a proteção ou mesmo a documentação. Afinal, ninguém faz milagres.

Estande Concept Blindagens no salão - foto Divulgação
Raio-X de blindagem de porta apresentado no Salão de SP

> Posso visitar a oficina para saber como meu carro está sendo blindado?
Não só pode, como deve. Transparência faz parte do processo. Converse com o engenheiro responsável, questione sobre a procedência e a marca dos materiais empregados (aramida e vidro), verifique o carro por dentro.

> Dos vários níveis de blindagem que existem, qual é o recomendado para mim?
O nível mais utilizado no mercado é o IIIA. É o que suporta em geral todos os disparos efetuados por armas de mão – ou seja, dificilmente será necessário mais do que isso em uma situação normal de violência urbana. Há outros níveis menores, mas a relação custo-benefício não compensa. O nível II, por exemplo, até oferece uma segurança satisfatória, mas a diferença de preço é de apenas 3% e o veículo perde muito mais depois, no valor de revenda. Esse nível mais baixo é arriscado em caso de ataque intensivo, com tiros muito próximos um do outro. A economia que se faz não vale o risco.

> Qual é a garantia que as blindadoras geralmente dão à blindagem e aos vidros?
A garantia padrão é de três anos. Em alguns casos, como o da Concept Blindagens, essa garantia pode ser estendida por até dois anos, após uma inspeção detalhada no terceiro ano de blindagem. No momento em que o carro é entregue, o cliente recebe da blindadora toda a documentação legal, além de um manual, que é uma espécie de livreto de garantia que traz desde informações técnicas da blindagem até instruções para uso de itens como a sirene, por exemplo.

Estande Concept Blindagens no salão - foto Divulgação
Pajero Full em processo de blindagem apresentado no salão

> Antes de blindar um usado, convém fazer uma revisão geral no veículo?
É obrigação de uma boa blindadora ter um check-list extremamente detalhado a ser feito no futuro blindado. Isso ocorre porque, se o carro tiver algum problema – e isso pode acontecer até em um zero, não apenas no usado –, a culpa muito provavelmente será colocada na blindagem.

> No que consiste a blindagem de um veículo?
Resumidamente, em proteger o automóvel nas grandes extensões opacas e cuidar para que haja intersecções nesses espaços, com proteção de "overlaps" que garantam que nenhum disparo vá atingir os ocupantes da cabine. Na parte opaca, a proteção é feita pela aramida (que tem como nomes comerciais Kevlar ou Twaron), material usado também na produção de coletes à prova de balas e na indústria aeroespacial.
O vidro, por sua vez, é um composto de policarbonato, enquanto os "overlaps" são de aço. Fala-se muito em "overlaps" como sendo apenas no espaço entre porta e carroceria, mas é muito mais do que isso. Ele se refere a qualquer sobreposição, qualquer emenda, seja nos vidros das portas, no teto ou mesmo por dentro, entre as proteções de aramida.

> Quanto tempo demora um processo de blindagem?
De 20 a 35 dias úteis. Caso queira ver seu automóvel sendo blindado, o ideal é visitar a blindadora exatamente na metade do processo.

> Como identifico uma blindagem bem-feita?
Para começar, não deixe para examiná-la ao final do processo. O que não faltam no mercado são casos em que o acabamento é perfeito, mas com blindagem que deixa muito a desejar. Bons acabamentos podem camuflar blindagens ruins. Pode parecer estranho ver seu carro todo desmontado. Mas vai valer a pena e lhe proporcionará maior segurança.

> Um automóvel blindado fica mais ou menos seguro em caso de colisão?
Em tese, fica mais seguro. Mas não existem testes conclusivos para validar essa hipótese. A segurança maior é proporcionada pela preservação das regiões de deformação do veículo (o que uma boa blindagem mantém) e pelo reforço no cockpit. A Concept tem alguns procedimentos importantes no tocante à segurança. A empresa não realiza, por exemplo, blindagens em veículos que não sejam equipados com airbag.

Estande Concept Blindagens no salão - foto Divulgação
Estande da Concept Blindagens no Salão de São Paulo

> Que cuidados devo ter para conservar a blindagem, em especial os vidros?
O tempo não costuma comprometer a blindagem em sua área opaca. Mas, no caso dos vidros, é preciso tomar cuidado em relação à conservação. Eles não devem ser limpos por dentro com derivados de petróleo, pois esse tipo de material pode estragá-los.
Podem ocorrer ainda trincas nos vidros, causadas por três fatores: impacto (de uma pedra, por exemplo), choque térmico (levar a um lava-rápido um veículo exposto muito tempo ao sol) e torção na carroceria (é preciso ter cuidado com lombadas e valetas). Com o tempo, o vidro também delamina (aparecem bolhas de ar esbranquiçadas). Se isso começar a ocorrer, vale levar à blindadora para verificar se não houve perda de eficácia na blindagem.

> Qual é o perfil de um usuário de carro blindado?
Na Concept, a maioria das blindagens é realizada em veículos de profissionais liberais e para corporações. Pesquisa realizada pela Abrablin (Associação Brasileira de Blindagem) no entanto, aponta que 71% são homens e 29%, mulheres. No caso deles, a maior concentração (26%) está na faixa etária dos 25 aos 29 anos, enquanto para elas a maior parte (30%) fica entre as que têm 40 e 49 anos.
Dos blindados em geral, 63% são para executivos ou empresários, 12% para político, 8% para artistas e 5% para juízes. Os carros mais blindados são Toyota Corolla, Chevrolet Vectra, Toyota Hilux e Volkswagen Passat.

> Basta blindar o automóvel para sair tranqüilo às ruas?
Não, uma vez que ninguém sabe ao certo que reação terá no caso de uma abordagem. Não faltam histórias (verídicas ou não) de pessoas que acabaram abrindo a porta por se esquecer de que estavam em um blindado. É interessante realizar um curso de direção evasiva, promovido por algumas marcas de automóveis ou mesmo escolas especializadas.

Novo Fusion será carro madrinha na Nascar


por ALBERTO POLO JÚNIOR

A Ford vai usar o Fusion reestilizado e com motor híbrido como carro madrinha da etapa de Miami da Nascar (a Stock Car norte-americana), no próximo fim de semana. O modelo estará à frente dos competidores antes da bandeira verde, quando os bólidos, em movimento, dão a largada para a prova.

O Fusion Hybrid combina um motor a gasolina com outro elétrico. Em velocidades de até 75 km/h, o sedã utiliza somente o motor movido a eletricidade. Assim, em ciclos urbanos, a Ford promete uma autonomia de 1.120 quilômetros com a combinação dos dois motores.

Ford Fusion Hybrid - foto Divulgação
O Fusion híbrido, que será o carro madrinha na Nascar

Tanto o Fusion Hybrid, quanto a versão Sport, serão apresentados oficialmente a partir do dia 19 de novembro, quando forem abertas as portas do Salão de Los Angeles. No Brasil o novo modelo deve desembarcar em meados do ano que vem, ao que tudo indica também como linha 2010.

Ford revela primeiros detalhes do Mustang 2010


por ALBERTO POLO JÚNIOR

A Ford revela os primeiros detalhes do novo Mustang 2010, que será apresentado no próximo mês no Salão de Los Angeles. A atual geração, inspirada no modelo de 1968 e lançada em 2004, passa por sua primeira reestilização e ganha fôlego para enfrentar os também "ressuscitados" Dodge Challenger e Chevrolet Camaro.

Ford Mustang 2010 - foto Divulgação

Ford Mustang 2010 - foto Divulgação
Um retoque aqui e outro ali e o Mustang se prepara para os rivais

Pelo pouco que foi divulgado, percebe-se que a mudanças são mínimas. A dianteira tem faróis com novo arranjo interno e capô com vincos revistos. Dentro, o painel exibe novos mostradores e difusores de ar centrais reatngulares no lugar dos circulares. Já o volante ganha novos comandos.

Na mecânica, as mudanças também não devem ser relevantes. Atualmente, o Mustang oferece com opções de motor 4.0 V6 (seis cilindros, em "V"), de 210 cv (cavalos) de potência, além do 4.6 V8 (oito cilindros, em "V") da versão GT, com 300 cv.

Toyota admite que Fielder não volta mais
Marca priorizou fabricação do sedã Corolla, mas pensou em trazer o Verso

por LUÍS PEREZ, enviado especial a Pilar (Argentina)

Após uma certa resistência em declarar oficialmente que a perua Fielder, que era fabricada desde maio de 2005 em Indaiatuba (SP) na mesma planta do sedã Corolla, não volta mais a ser produzida, finalmente a Toyota resolveu admitir: deixou de uma vez, três meses atrás, de competir no Brasil no segmento de "station wagons" médias.


"Desde julho a Fielder não é mais fabricada, para dar lugar ao Corolla, cuja fila de espera a empresa dará prioridade ao atendimento", afirma Luiz Carlos Andrade Jr., vice-presidente da Toyota Mercosul. O problema não está diferença entre plataformas, mas sim na capacidade de produção da fábrica, que atualmente é de 69 mil unidades por ano.

Toyota Fielder - foto Divulgação

Toyota Fielder - foto Divulgação
A perua Corolla Fielder, que deixou de ser fabricada em julho

Segundo Interpress Motor apurou, uma das hipóteses cogitadas pela fabricante quando o dólar estava mais barato era substituir o modelo por um veículo importado, que atendesse a uma demanda semelhante. Ao contrário do que diz o senso comum, os compradores da Fielder não eram apenas casais com filhos, mas também profissionais liberais, jovens solteiros e até casais sem filhos.

Toyota Corolla Verso - foto Divulgação
O monovolume Corolla Verso era cogitado para vir ao Brasil

Uma das opções para substituir o modelo seria o monovolume Corolla Verso. Mas a crise econômica mundial adiou esse plano da empresa. Agora competem no segmento no Brasil apenas a Peugeot 307 SW e a Renault Mégane Grand Tour.

Ford "relança" o jipe nacional Troller T4


da Redação

Após retirar do mercado a picape Troller Pantanal e causar apreensão nos jipeiros fãs da marca, a Ford anuncia uma espécie de relançamento do jipe T4, apresentado como linha 2009 e produzido na mesma fábrica de Horizonte, no Ceará.

Sob a batuta da Ford, a Troller recebeu novos programas de produtividade, que incluíram reforma física nas instalações, acompanhada de novos processos na área de engenharia de manufatura. A linha de montagem ganhou na sua parte estrutural novos equipamentos e teve aprimoramentos em segurança. A pista de testes da fábrica foi reformada para testar 100% da produção. Também houve melhorias nos processos de qualidade e ambiental.

De acordo com a empresa, a manufatura é composta agora por três etapas: carroceria, chassis e montagem. Na área da carroceria, o veículo utiliza peças moldadas em resina poliéster reforçada com fibra de vidro. Duas tecnologias são usadas para isso: as portas laterais, a porta traseira, o capô e a capota são moldados por injeção, enquanto as demais peças são laminadas em molde aberto.

Troller T4 2009 - foto Divulgação

Troller T4 2009 - foto Divulgação
O Troller T4, fabricado sob novos processos adotados pela Ford

Com as mudanças, a Ford diz que houve melhorias no acabamento, sem perder resistência de carroceria. Três novos conjuntos de moldes foram instalados para a produção do monobloco e peças complementares, usando o sistema Spray-up e Hand lay up, com ganhos no acabamento e no controle de materiais. Foi adotado ainda um novo método de emendas e melhor ergonomia para os operadores proporcionada por rearranjos internos na linha.

Dois novos conjuntos de moldes permitem a produção da parte externa da capota em uma única peça, com os acoplamentos frontais incorporados. As portas laterais e traseira também ganharam novos moldes. A Troller manteve a oferta de pintura personalizada exclusiva para os clientes, que podem pedir a produção do T4 em qualquer cor. A entrega ocorre em 60 dias.

No setor de montagem, os veículos são produzidos em linha única de 22 estágios com acionamento automático de velocidade controlado por correntes de arrasto. Ela é composta por três setores sincronizados e um setor de pré-montagem. Na montagem da carroceria, onde é feita a pré-montagem do interior e do exterior, foi adotado um novo tapete pré-moldado que elimina a necessidade de recortes e colagens. Foram introduzidos também novos revestimentos laterais em "woodstock" parafusados e "cross beam" parafusado sob o painel. A capota passou a ter vidros laterais colados.

Troller T4 - foto Divulgação
O presidente da Ford, Marcos de Oliveira, ao lado do Troller T4

Na montagem do trem de força foi mantido o mesmo conjunto mecânico, mas com novo layout de mangueiras e tubos. Na montagem final, as mudanças incluem a fixação da coluna de direção no "cross beam" com posicionamento gabaritado, chicotes fixados e nova grade frontal parafusada removível.

A Ford também introduziu novos sistemas de controle de todas as etapas do processo. Pontos de checagem foram instalados ao longo de toda a linha, sendo revisados continuamente, com base nos indicadores de satisfação dos clientes. As ferramentas da linha receberam dispositivos de controle de torque, aumentando a padronização, e foi criado um banco de dados para o rastreamento das operações críticas.

"A Troller é uma marca brasileira, com grande prestígio no segmento de veículos 4x4, que agora entra em uma nova fase para aprimorar seus produtos. Além de melhorias na fábrica, com novos equipamentos e processos nas áreas de engenharia e manufatura, ela também renovou a sua base de fornecedores", afirma Rodrigo Lourenço, gerente geral de marketing, vendas, serviços e planejamento da divisão Troller.

Nos últimos anos, a Troller dobrou seu volume de produção, passando de 600 veículos em 2006 para 940 em 2007, devendo chegar neste ano a 1.200. A idéia é manter o crescimento.

Renault lança 3ª geração do Mégane em Paris


do enviado especial a Paris

Uma das maiores atrações do Salão de Paris está no estande da Renault. A terceira geração do Mégane chega nas versões hatchback (sem porta-malas saliente) e Coupé e inicia a renovação de toda a linha. Até 2010, mais seis variantes serão lançadas: sedã, perua Grand Tour, conversível CC, a minivan Scénic nas versões para cinco e sete passageiros e, ao que tudo indica, um modelo inédito.

Renault Mégane - foto Divulgação

Renault Mégane - foto Divulgação
O Mégane ganhou traços parecidos com os do Laguna

O Mégane segue um novo estilo iniciado na Renault com o Laguna. Na dianteira, seus faróis têm formato que lembra o de um bumerange. A tomada de ar inferior é pintada em dois tons de cinza no Coupé e o capô traz vincos arredondados, encontrados em toda a carroceria. Na traseira do cupê, que possui desenho diferente da do hatch, isso fica ainda mais evidente.

Se o hatch já tem teto baixo e linha de cintura alta, no cupê o perfil é mais esportivo ainda e 1,2 cm mais baixo. Ambos têm opção de teto de vidro, medem 4,30 metros de comprimento e têm 2,64 m de distância entreeixos. No hatch, o porta-malas comporta 405 litros, enquanto o Coupé leva 377 litros.

Renault Mégane - foto Divulgação

Renault Mégane - foto Divulgação
O Coupé traz desenho mais esportivo, com traseira diferente

O interior novamente busca inspiração no Laguna, com painel de contornos fluidos. Os mostradores mesclam conta-giros analógico à esquerda com velocímetro, marcadores de combustível, temperatura e hodômetros digitais ao centro e à direita. Em posição elevada no painel, uma tela colorida de sete polegadas controla os sistemas de navegação, telefonia, áudio e DVD.

Entre os diferenciais, há opção por um sistema de som 3D, desenvolvido em parceria com a empresa Arkamys. Além disso, o Plug & Music oferece entradas para equipamentos de som externos. O ar-condicionado digital de duas zonas tem as funções Auto, Soft (que refrigera mais a dianteira, com pouco ruído do ventilador) e Fast, quando é necessário esfriar a cabine rapidamente.

Renault Mégane - foto Divulgação

Renault Mégane - foto Divulgação
O hatch tem teto 1,2 centímetros mais alto do que o Coupé

Os equipamentos de segurança incluem freios ABS (antitravamento), com distribuição eletrônica (EBD) e assistência para frenagens de emergência, controle de estabilidade (ESC), faróis direcionais bi-xenon, monitoramento da pressão dos pneus e airbags adaptativos.

A gama de motores tem três opções a gasolina: 1.6 16V de 110 cv (cavalos) de potência, 2.0 16V de 140 cv e 2.0 TCe, com turbocompressor e 180 cv. Em 2009 será lançado o 1.4 TCe de 130 cv. Os turbodiesel são o 1.5 dCi com 90 cv ou 110 cv e um novo, com 130 cv. Posteriormente, a Renault lançará uma opção com 160 cv. As opções de câmbio são o manual ou automático, de seis marchas.

Renault Mégane - foto Divulgação
O painel fluido mistura mostradores analógicos e digitais

Fontes do mercado afirmam que esta nova geração do Mégane será vendida no Brasil, incluindo o inédito hatchback. No entanto, a data mais provável ainda vai demorar a chegar. Os modelos devem começar a ser renovados somente entre 2010 e 2011.

Novo Voyage custa de R$ 30.990 a R$ 39.430
Com porta-malas de 480 litros, modelo é arma da VW para retomar liderança

por LUÍS PEREZ, enviado especial a Florianópolis (SC)

A Volkswagen relança o Voyage, versão sedã do Gol, completando sua gama de veículos com porta-malas saliente – desde Passat a Polo Sedan, passando por Jetta e Bora. O carro chega em quatro versões: 1.0, 1.6, 1.6 Trend e 1.6 Comfortline. Os motores são os mesmos do Gol. O 1.0 desenvolve de 72 cv (com gasolina) a 76 cv (com álcool), enquanto o 1.6 fica entre 101 cv e 104 cv.

Seus preços começam em R$ 30.990 (1.0). A versão 1.6 custa R$ 35.180, a 1.6 Trend sai por R$ 37.600, enquanto a 1.6 Comfortline tem preço sugerido de R$ 39.430. O porta-malas comporta 480 litros, com abertura por um botão no painel, pelo controle remoto da chave (que é do tipo canivete) ou pela fechadura. Traz ainda revestimento de carpete e luz interna.

Volkswagen Voyage - foto Divulgação

Volkswagen Voyage - foto Divulgação
Voyage: porta-malas de 480 litros e preço a partir de R$ 30.990

O design ficou bastante harmônico – não foi simplesmente enxertado um compartimento para bagagens na traseira –, e a identidade visual, mantida com as novas lanternas. O novo Voyage é o sedã com a mais completa lista de opcionais de seu segmento. Em todas as versões, é possível optar por freios com sistema ABS (antitravamento), airbags frontais, ar-condicionado, toca-CDs com Bluetooth e entrada USB, sistema I-System e banco traseiro rebatível, entre outros itens.

Volkswagen Voyage - foto Divulgação

Volkswagen Voyage - foto Divulgação
No alto, silhueta do novo sedã; acima, interior com padrão do Gol

São de série nas versões 1.0 e 1.6 itens como pára-choques na cor da carroceria, faróis com duplo refletor, console central injetado, imobilizador, cintos dianteiros com regulagem de altura, banco do motorista com regulagem de altura, relógio digital e iluminação do porta-luvas, entre outros.

Na versão 1.0, para adquirir ar-condicionado, o consumidor precisa desembolsar mais R$ 3.450, valor do módulo Kit II, que inclui ainda travamento elétrico das portas e vidros elétricos dianteiros. O mesmo pacote na versão 1.6 custa R$ 3.685.

Volkswagen Voyage - foto Divulgação

Volkswagen Voyage - foto Divulgação
Compartimento de bagagem vem acarpetado, com luz de cortesia

Depois do Gol, o Voyage é uma importante arma da Volkswagen para tentar retomar a liderança de mercado no Brasil, perdida para a Fiat no início da década. "Acreditamos que com o novo produto seja possível assumir a liderança em automóveis de passeio já nos próximos meses", afirmou Thomas Schmall, presidente da Volkswagen do Brasil, a Interpress Motor. "Ainda falta trabalharmos alguma coisa no segmento de comerciais leves", admitiu.

Chevrolet Meriva 2009 ganha motor 1.4
Versão de entrada Joy parte de R$ 45.790; propulsor desenvolve até 105 cv

da Redação

A Chevrolet Meriva chega à linha 2009 com uma nova opção de motor, o 1.4 Econo.Flex de 99 cv (cavalos) com gasolina a 105 cv (com álcool), que foi implantado pela primeira vez na linha da marca com o Prisma, em outubro de 2006. É o 1.4 mais potente do mercado brasileiro, equivalente a muitos motores 1.6, por exemplo.

Segundo dados de fábrica, a Meriva 1.4 Econo.Flex alcança a velocidade máxima de 173 km/h (álcool) e 165 km/h (gasolina), e acelera de 0 a 100 km/h em 13,1 segundos (álcool) e 13,9 segundos (gasolina). A Meriva 1.4 tem versões de acabamento Joy e Maxx, com câmbio manual de cinco velocidades. O motor 1.8 Flexpower (112 cv a 114 cv) continua normalmente no modelo.

Chevrolet Meriva 1.4 - foto Divulgação
A minivan Chevrolet Meriva chega com nova grade frontal

Além das versões Premium e SS, a novidade da linha 2009 da Meriva é a Expression, versão de entrada da linha Chevrolet Meriva 1.8 Easytronic. Também será equipada com motor 1.8 Flexpower Easytronic a versão esportiva SS do Chevrolet Meriva.

A versão traz detalhes externos exclusivos, como os faróis com acabamento diferenciado, rodas com novo desenho, lanternas fumê, além de duas faixas de acabamento na cor prata que acompanham as laterais do pára-brisas, os espelhos retrovisores e as maçanetas externas. Exclusivo para a versão, o painel de instrumentos agora têm tecidos cinza. As portas ganharam molduras internas em vermelho.

Chevrolet Meriva 1.4 - foto Divulgação

Chevrolet Meriva 1.4 - foto Divulgação
No alto, a traseira do modelo; acima, interior que pouco muda

A linha 2009 da Meriva fica assim: Meriva Joy (motor 1.4 litro Econo.Flex, transmissão manual), por R$ 45.790; Meriva Maxx (motor 1.4 litro Econo.Flex, transmissão manual), por R$ 47.790; Meriva Expression (motor 1.8 litro Flexpower, transmissão Easytronic), por R$ 48.240; Meriva Premium (motor 1.8 litro Flexpower, transmissão Easytronic), por R$ 50.740, e Meriva SS (motor 1.8 litro Flexpower, transmissão Easytronic), por R$ 51.840.

Externamente, a Meriva agora traz nova grade frontal e gravata dourada seguindo a nova identidade visual da Chevrolet. Na traseira, as lanternas agora têm lentes escurecidas, barra cromada abaixo da tampa do porta-malas e nova posição dos emblemas que identificam as motorizações e versões "1.4 Econo.Flex" e "1.8 Easytronic".

Tiptronic funciona bem com motor 2.0 do VW Golf
Novo câmbio reafirma a esportividade do hatchback; preço começa em R$ 59.990

por THAIS VILLAÇA

Volkswagen Golf Tiptronic - fotos Roberto AssunçãoReestilizado em março do ano passado, o Volkswagen Golf já tinha trunfos suficientes para conquistar muitos novos consumidores, além de manter seus inúmeros clientes fiéis. Entretanto, desde setembro último, o hatch recebeu mais um ponto positivo, mas apenas para a motorização 2.0: o câmbio automático Tiptronic de seis marchas com opções de trocas manuais, que substituiu a ultrapassada transmissão de quatro velocidades.

Com esse equipamento o modelo ganhou pontos em termos de conforto, pois o maior número de marchas permite um escalonamento mais suave, e o motor perde menos rotação. Além disso, o Tiptronic traz um programa chamado DSP, capaz de interpretar as condições de rodagem e se adaptar à forma de dirigir do motorista, fazendo as trocas nos momentos certos. "Nenhum outro modelo concorrente nesse segmento oferece uma transmissão com essa tecnologia. O consumidor ganha em conforto e prazer ao dirigir", diz Fabrício Biondo, gerente executivo de planejamento de marketing da Volkswagen.


Além de vir com as tradicionais posições "park" (P), "reverse" (R), "neutral" (N) e "drive" (D), a transmissão tem ainda a opção "sport" (S), que faz as trocas em rotações mais elevadas. Quando o câmbio encontra-se na posição de trocas manuais ou na "S", o conversor de torque é bloqueado, tornando as mudanças de marchas mais esportivas.

Ok, mas o que tudo isso significa na prática? Que o conjunto formado pelo motor 2.0 8V de 116 cv (cavalos) a 5.200 rpm de potência e torque (força) de 17,3 kgfm a 5.200 rpm e pela nova transmissão se comporta bem tanto nas ruas de trânsito intenso, por meio das trocas suaves e sem trancos, como em estradas, onde o motorista pode pisar no acelerador e segurar um pouco mais as mudanças de marchas na opção "S" para ouvir o motor rugir, ou deixá-lo mais ágil na opção manual.

Outra vantagem do câmbio Tiptronic é, segundo a Volks, a maior economia de combustível, já que o consumo diminuiu em 6% na estrada se comparado ao modelo com câmbio de quatro marchas, registrando uma média de 16,1 km/l. Já na cidade, o consumo fica em torno de 8,4 km/l.

Inflexível

Pena que o motor só possa ser abastecido com gasolina, não tendo aderido à tecnologia bicombustível. Ainda segundo dados da fabricante alemã, o Golf 2.0 Tiptronic atinge os 100 km/h em 11,7 segundos e tem velocidade máxima de 192 km/h.

O conforto não se restringe somente à dirigibilidade. Também na cabine, a Volkswagen caprichou. Desde a versão de entrada, com preço inicial de R$ 59.990 (a versão avaliada foi a top de linha Comfortline, que parte de R$ 66.310), o carro traz de série um pacote de equipamentos composto por ar-condicionado, direção hidráulica, vidros e travas elétricos, espelhos elétricos com auto rebatimento em manobras, computador de bordo, sensor de estacionamento traseiro, faróis com lâmpada "Cool Blue", retrovisores com o pisca incorporado e porta-óculos.

Na prática, o consumidor dificilmente achará a versão de R$ 59.990 para pronta entrega. Se o Golf já é um modelo que está com certa fila de espera, o que dizer de uma versão com preço assim tão competitivo? É mais um preço chamariz. Sim, chama mesmo a atenção. O que evidentemente não tira o mérito do modelo, um dos mais bem resolvidos médios do mercado nacional.

FICHA TÉCNICA

Volkswagen Golf 2.0 Comfortline
Motor: dianteiro, transversal, quatro cilindros em linha, a gasolina, oito válvulas, 1.984 cm³ de cilindrada

Potência: 116 cv a 5.200 rpm

Torque: 17,3 kgfm a 2.400 rpm
Câmbio: automático Tiptronic, de seis velocidades

Suspensão: dianteira independente McPherson, com mola helicoidal integrada; traseira independente, com braço longitudinal e mola helicoidal

Freios: a disco nas quatro rodas, sendo dianteiros ventilados e traseiros sólidos
Dimensões:
4,20 m de comprimento, 1,74 m de largura, 1,46 m de altura e 2,52 m de entreeixos

Tanque: 55 litros

Porta-malas: 330 litros

Preço: R$ 66.310


VW aposta (alto) na mexicana Jetta Variant
Com mesmo motor do sedã, perua chega bem equipada por R$ 91.940

por LUÍS PEREZ

A Volkswagen lança a Jetta Variant apostando alto. Ou melhor, apostando em um consumidor que não está atrás simplesmente de preço mais em conta, mas de um automóvel com bom motor, confortável e bem equipado. Assim é a perua que deve chegar às concessionárias da marca na segunda semana de abril por R$ 91.940. "Não é o preço mais competitivo da categoria, mas está bem posicionado pelo nível de equipamento que oferece", afirma Marcelo Franco Ferreira, gerente de marketing de produto da empresa.

Volkswagen Jetta Variant - fotos DivulgaçãoDe fato. O modelo traz motor 2.5, 20 válvulas, de cinco cilindros que desenvolve 170 cv (cavalos) de potência, câmbio automático Tiptronic, direção eletromecânica, ar-condicionado automático de duas zonas (é possível regular duas temperaturas para motorista e passageiro), toca-CDs com MP3 com capacidade para seis discos, dez alto-falantes, rodas de liga leve aro 17, sensor de estacionamento traseiro, freios com sistemas ABS (antitravamento), ASR (controle de tração) e ESP (controle de estabilidade), seis airbags, controlador de velocidade, volante com comandos como os do rádio e do computador de bordo (mostra distância percorrida, autonomia, consumo instantâneo, velocidade média, entre outros dados), trio elétrico e bagageiro de teto. Ufa!
Com tanto equipamento, os únicos opcionais são os bancos de couro (podem ser bege, coisa rara no Brasil...), os faróis de xenônio e o teto solar Skyview, que mede 1,36 metro de comprimento por 87 centímetros de largura. A Volkswagen não detalhou o preço de cada opcional, mas informou que completíssimo o modelo chega a custar R$ 104 mil. A marca pretende vender 9.000 unidades neste ano.

Em pesquisas com consumidores (as famosas clínicas), a empresa detectou que eles estavam dispostos a pagar mais por um modelo completo. Suas concorrentes diretas custam bem menos – nas versões básicas, a Renault Mégane Grand Tour sai por R$ 66.190, a Toyota Fielder é vendida por R$ 68.151 e a Peugeot 307 SW, R$ 71.990. Não trazem, no entanto, muitos dos itens da Variant.

Em avaliação realizada por Interpress Motor realizada por estradas do interior de São Paulo, a Jetta Variant mostrou-se extremamente estável (o resultado atribui à suspensão traseira multilink e a boa rigidez torcional) nas curvas e bastante ágil quando solicitada no pedal do acelerador. Ao contrário do que sugere o porte da perua, o desempenho não é tão diferente em relação à versão sedã. Afinal seu peso (1.466 kg) é praticamente o mesmo da versão com porta-malas saliente (1.462 kg). Dados de fábrica indicam que sua aceleração de 0 a 100 km/h ocorre em 9,2 segundos, enquanto a velocidade máxima é de 205 km/h. Ainda segundo a marca, seu consumo é de 10,6 km/l na cidade e 13,6 km/l em estradas.

Uma curiosidade: o desenho do motor é baseado no V10 do Lamborghini Gallardo. Traz duplo comando no cabeçote com sistema de fluxo cruzado, com admissão de um lado e escape do outro. O eixo de comando das válvulas de admissão dispõe de abertura variável, propiciando torque (força) em rotações menores (são 24,5 kgfm a 4.250 rpm) e potência nas rotações mais elevadas.

Na fábrica do New Beetle

Por dentro, os comandos são muito bem posicionados. Pode-se dizer que da forma clássica conhecida dos carros da Volkswagen. Ergonomia ao se posicionar nos bancos (que podem vir com apoio lombar e aquecimento) e empunhadura do volante (com regulagem de altura e profundidade) parecem ter sido herdados do Golf – aliás, na Europa ela é a Golf Variant. Detalhe: a Jetta Variant é fabricada no México, na planta de Puebla, a mesma que faz o Bora e o New Beetle. Ao Brasil o modelo chega nas cores preto Ninja e branco Campanella (sólidas), prata Reflex, cinza Platino, azul Antilhas, bege Trigo e verde Nórdico (metálicas), preto Mystic e azul Grafite (perolizadas).

Impressiona positivamente a qualidade de acabamento da Jetta Variant. Aliás, pouco (ou quase nada) se pode dizer que desabone o modelo. Quem perscrutar demais pode talvez dizer que seu porta-malas tem 505 litros, enquanto o sedã comporta 527 litros. Mas há um compartimento sob o assoalho que certamente faz esse valor ser superado, sem falar que pode chegar a 690 litros totalmente carregado ou até 1.495 litros com o banco traseiro rebatido. Seu acesso é facilitado pela altura de apenas 57 centímetros em relação ao solo. Os mais céticos então lançarão mão da falta de opções mais em conta. Mas, pelas pesquisas, não é isso o que o público quer?

FICHA TÉCNICA

Volkswagen Jetta Variant
Motor: dianteiro, transversal, cinco cilindros em linha, gasolina, 20 válvulas, 2.480 cm³ de cilindrada

Potência: 170 cv a 5.000 rpm

Torque: 24,5 kgfm a 4.250 rpm
Câmbio: automático Tiptronic, de seis velocidades

Suspensão: dianteira independente McPherson, com mola helicoidal integrada; traseira multilink independente, com braço transversal e longitudinal e mola helicoidal

Freios: a disco nas quatro rodas, com ABS (antitravamento), ASR (controle de tração) e ESP (controle de estabilidade)
Dimensões:
4,56 m de comprimento, 1,78 m de largura, 1,47 m de altura e 2,58 m de entreeixos

Peso: 1.466 kg

Tanque:

55 litros

Porta-malas: 505 litros

Preço: R$ 91.940




Weekend traz diferencial para retomar liderança
Linha 2009 da perua da Fiat traz bloqueio de diferencial inédito para veículos 4x2

por LUÍS PEREZ, de Porto de Galinhas (PE)

Deparo-me com uma depressão um tanto difícil de ser vencida, na pista off-road preparada pela Fiat nos fundos do hotel onde ocorre o lançamento da nova perua Palio Weekend. A roda esquerda começa a girar em falso. Uma tentativa. Duas. Três. Nada de o carro sair do lugar. Aperto então o botão "ELD" (Electronic Locker Differential), que fica do lado esquerdo do volante. O veículo então sai do atoleiro com facilidade. Esse é o principal diferencial (quantas vezes será que o trocadilho será feito?) da linha 2009 da perua derivada do Palio.

Fiat Palio Adventure Locker
Palio Adventure Locker, primeiro 4x2 com bloqueio de diferencial

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Para ir além das alterações simplesmente visuais, mas sem ter de encarar as mudanças – e custos – que envolvem a conversão de um veículo para 4x4, a marca encontrou, com a fornecedora Eaton, uma solução meio-termo que contenta os que gostam de um pouco mais do que apenas o visual aventureiro. O diferencial equipa de série a versão top de linha Adventure, equipada com motor 1.8, que desenvolve de 112 cv (cavalos) se abastecida com gasolina a 114 cv (com álcool). Seu preço básico é de R$ 53.850. Há ainda a versão de entrada ELX (R$ 39.920) e Trekking (R$ 41.920), as duas com motor de 85 cv a 86 cv, com álcool e gasolina, respectivamente.

Pioneira no segmento dos "off-road lights" – a Fiat foi a primeira a lançar um veículo do tipo, com a Palio Adventure, em 1999 –, a marca pretende recuperar a liderança perdida para a Volkswagen SpaceFox (7.464 unidades vendidas de janeiro a abril) e para a VW Parati (6.331). A perua da Fiat teve 5.494 unidades comercializadas nesse período, segundo números da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores).

Fiat Palio Adventure Locker
Modelo traz pneus maiores e ficou 20 mais alto em relação ao solo

Houve também por parte da fabricante a intenção de tornar o produto mais bonito. Por mais subjetivo que pareça, a impressão é que conseguiu. Os novos faróis com recorte redondo que invade o pára-choque dianteiro, as lanternas traseiras horizontalizadas (a luz de ré, integrada à tampa traseira, se integra à luz do pisca, no pára-lama), a grade frontal com duas barras horizontais, as molduras pretas nas caixas de roda e nos pára-choques ajudam a compor o visual mais valente.

Em um primeiro momento, vista em três quartos de traseira, a nova Weekend chega a parecer maior, lembrando o utilitário esportivo Q7, da Audi. A versão Adventure Locker traz ainda soluções já adotadas na Idea Adventure, como o rack de teto em forma de "V", luz de pisca integradas ao retrovisor externo e, dentro, altímetros e bússola.

Fiat Palio Adventure Locker
Nova versão da perua vem com preço sugerido de R$ 53.850

Mas é no off-road que a perua revela mais surpresas. Além de trechos rodoviários pelo interior de Pernambuco, Interpress Motor encarou muitas estradas com costelas de vagas e generosos alagamentos – sim, está uma chuva torrencial nesta quarta (14) em Porto de Galinhas – que serviram para testar o nível de conforto, sensivelmente melhorado graças à nova suspensão, que recebeu amortecedores Powershock, dotados de molas internas "anti-roll", que ampliam a progressividade de resposta e diminuem as velocidades de rolamento em curvas.

O resultado é, a despeito do centro de gravidade mais elevado (a altura livre do solo subiu de 17 centímetros para 19 cm), maior conforto (praticamente foram abolidas as incômodas batidas secas nos buracos) e estabilidade. Não é exagero afirmar que o conforto talvez faça os off-roaders mais puristas torcerem o nariz.

Nas versões ELX e Trekking, a novidade é justamente o motor 1.4 que já equipa o hatch Punto e o sedã Siena. Todas as versões incorporam as mudanças visuais, com capô com novas formas (e novo mecanismo de abertura), passando por toda a lateral, que apresenta novos vincos e traz abertura nas caixas de roda, até os pára-choques e a nova logomarca da Fiat, que chegou ao Brasil com o Fiat Punto, em agosto do ano passado.

Fiat Palio Weekend - foto Divulgação
A versão de entrada, ELX 1.4, já traz direção hidráulica de série

A versão ELX já sai de fábrica com direção hidráulica, brake-light, pára-brisa dégradé, volante com regulagem de altura, computador de bordo, My Car Fiat, Follow me home (mantém farol aceso até o motorista encontrar o buraco da fechadura), alertas limite de velocidade e manutenção programada, Fiat Code, comandos internos de abertura do porta-malas e da tampa do reservatório de combustível, limpador e lavador do vidro traseiro (que é térmico temporizado), duplo porta-luvas, ganchos para fixação de cargas no porta-malas, tomada de 12V, vidros climatizados verdes, entre outros itens. Ar-condicionado é opcional.

A nova versão Trekking traz todos os itens da ELX e mais grade frontal preta, faróis biparábola com canhões negros e molduras cromadas, faróis de neblina com molduras em preto, molduras cinzas nas caixas de rodas, suspensão elevada, pneus de uso misto, protetor de cárter, barras longitudinais duplas no teto, soleira externa das portas em preto e detalhes estéticos que a diferenciam. Seus opcionais são similares aos oferecidos para a versão ELX.

Além de todos os itens de série da versão Trekking, a Adventure Locker traz também ar-condicionado com vidros escurecidos Vênus 55 nas laterais traseiras e tampa traseira, quadro de instrumentos exclusivo com "trip computer" B e indicação de temperatura externa, bússola e inclinômetro longitudinal e transversal, faróis de milha, rodas em liga leve aro 15, pneus 205/70 R15 de uso misto, banco do motorista com regulagem de altura, retrovisores externos com indicadores de direção incorporados, travas elétricas nas portas e vidros dianteiros com acionamento elétrico.

Fiat Palio Weekend - foto Divulgação
Novas lanternas traseiras dão um ar mais moderno à perua

Entre os opcionais da versão, há rádio CD player MP3/WMA, rádio Connect CD player MP3/WMA mais viva-voz Bluetooth e entradas USB/iPod, sidebags, airbag duplo e freios com sistema ABS (pacote HSD, que inclui airbags dianteiros e freios com sistema antitravamento), sensor de estacionamento, sensor de chuva, sensor crepuscular, espelho retrovisor interno eletrocrômico, vidros traseiros com acionamento elétrico, banco do motorista com regulagem elétrica, banco traseiro bipartido e apóia-braço no banco do motorista, volante revestido de couro, além de bancos e painéis de portas com revestimento de couro.

O visual básico é o mesmo em todas as versões. Os faróis, de formato ovalado, são feitos de policarbonato e têm sistema de iluminação polielíptico com dupla parábola. Os da versão ELX trazem canhões e molduras cromados, os da Trekking têm canhões pretos e moldura cromada, enquanto os faróis da Adventure vêm com canhões cromados e molduras pretas. Todas as versões trazem faróis de neblina de série — a Adventure vem ainda com o de profundidade. Todas as versões vêm com brake-light de série. Rodas e pneus também são mais largos.

A versão Trekking se diferencia da ELX principalmente por suspensão elevada, pneus de uso misto, novas molduras laterais nas caixas de rodas na cor cinza, pára-choques com pintura exclusiva, grade frontal negra e barras longitudinais duplas no teto. Maçanetas, retrovisores externos e frisos no teto, bem como as soleiras das portas e o aerofólio traseiro, são negros na versão Trekking, o que proporciona a ela um ar mais agressivo.

Fiat Palio Weekend Trekking - foto Divulgação
Versão Trekking chega com barras longitudinais a R$ 41.920

Como detalhes exclusivos da versão Adventure Locker é possível citar o pára-choque exclusivo com grade cromada, novos espelhos retrovisores externos, em preto, novas barras longitudinais, que integram o brake-light, as novas rodas de liga leve aro 15, maiores e mais esportivas, sem falar dos novos pneus de uso misto, mais altos e largos. Por dentro todas as versões ganharam nova padronagem nos bancos (os da frente têm porta-revistas para quem viaja no banco de trás; ah, há três apoios para cabeça de série no banco traseiro). O painel ganhou novo porta-objetos na parte central inferior, além de outro, tipo "copinho", bem como um porta-óculos.

O painel de instrumentos é novo em todas as versões. Nas ELX e Trekking traz velocímetro, conta-giros, marcador gradual de temperatura da água e um display digital que incorpora relógio, "trip computer", My Car Fiat e indicador digital do nível de combustível. Também o volante, com regulagem de altura de série e o logotipo Fiat vermelho ao centro, é novo. Opcionalmente é oferecido um volante revestido de couro.

Fiat Palio Adventure Locker - foto Divulgação
Por dentro a Adventure Locker vem com altímetros e bússola

A versão Adventure Locker ganhou o quadro de instrumentos esportivo do Fiat Idea Adventure, com velocímetro, conta-giros e marcadores graduais do nível de combustível e da temperatura da água do motor. Na parte central inferior do quadro, um display digital exibe relógio, "trip computer" A, "trip computer" B, My Car Fiat, termômetro externo e informações alfanuméricas e do rádio.

Há uma boa notícia para quem tem horror a trocar pneu: a nova Palio Weekend traz um novo sistema de fixação do estepe. Ficou mais fácil manuseá-lo, tanto para retirar quanto para colocá-lo em seu compartimento no porta-malas. Além disso, oferece maior segurança contra furto, pois o novo sistema também impede o acesso ao cabo de sustentação do estepe.

Como funciona o diferencial

Em condições de perda de aderência, o diferencial – que divide e distribui o torque entre os dois semi-eixos – faz com que a roda com menos aderência gire rapidamente (uma vez que ela absorve todo o torque disponível do sistema), enquanto a outra se mantém parada.

O bloqueador de diferencial existe justamente para eliminar esse efeito. Anulando o funcionamento do diferencial, o torque se iguala entre os dois semi-eixos, tornando possível que a roda com mais aderência gire e mova o veículo.

Na nova Palio Adventure Locker, o recurso pode ser acionado ou desativado apertando-se o botão "ELD" (Electronic Locker Differential), que se localiza no conjunto de comandos do My Car Fiat, à esquerda do volante. Para ser ativado, é preciso que o veículo esteja parado e com o freio acionado. O sistema responderá com um bip longo. A luz-espia ELD começará a piscar intermitentemente e surgirá uma mensagem de "ELD on" no quadro de instrumentos. Há opção de desativa-lo apertando novamente o botão

O Adventure Locker deve ser utilizado somente em situações específicas e a baixa velocidade. Por isso, quando o veículo atingir os 15 km/h, indicações sonoras e visuais avisarão que a velocidade de segurança (20 km/h) para desativação automática do sistema está se aproximando. O Adventure Locker nunca deve ser utilizado em condições de aderência plena.

O Locker — nome dado ao bloqueio de diferencial da Fiat — foi desenvolvido em parceria com a maior produtora independente do mundo de diferenciais com controle de torque, a Eaton. O desenvolvimento para o Novo Palio Adventure Locker foi inteiramente feito pela FPT Powertrain Technologies. A Fiat é a primeira fabricante no mundo a lançar um veículo com tração dianteira 4x2 equipada com bloqueio de diferencial. Resta esperar a reação do consumidor.

FICHAS TÉCNICAS

Fiat Palio Weekend ELX

Motor: dianteiro, transversal, quatro cilindros em linha, flex, 8 válvulas, 1.368 cm³ de cilindrada

Potência: 85 cv (gasolina) a 86 cv (álcool) a 5.750 rpm

Torque: 12,4 kgfm (gasolina) a 12,5 kgfm (álcool) a 3.500 rpm

Câmbio: manual de cinco velocidades
Suspensão: dianteira McPherson com rodas independentes e barra estabilizadora; traseira com rodas independentes e barra estabilizadora

Freios: a disco na dianteira e a tambor na traseira

Dimensões: 4,24 m de comprimento, 1,64 m de largura, 1,52 m de altura e 2,44 m de entreeixos

Tanque: 51 litros

Porta-malas: 460 litros

Preço: R$ 39.920

Fiat Palio Weekend Trekking

Motor: dianteiro, transversal, quatro cilindros em linha, flex, 8 válvulas, 1.368 cm³ de cilindrada

Potência: 85 cv (gasolina) a 86 cv (álcool) a 5.750 rpm

Torque: 12,4 kgfm (gasolina) a 12,5 kgfm (álcool) a 3.500 rpm

Câmbio: manual de cinco velocidades
Suspensão: dianteira McPherson com rodas independentes e barra estabilizadora; traseira com rodas independentes e barra estabilizadora

Freios: a disco na dianteira e a tambor na traseira

Dimensões: 4,24 m de comprimento, 1,66 m de largura, 1,59 m de altura e 2,44 m de entreeixos

Tanque: 51 litros

Porta-malas: 460 litros

Preço: R$ 41.920

Fiat Palio Weekend Adventure Locker

Motor: dianteiro, transversal, quatro cilindros em linha, flex, 8 válvulas, 1.796 cm³ de cilindrada

Potência: 112 cv (gasolina) a 114 cv (álcool) a 5.500 rpm

Torque: 17,8 kgfm (gasolina) a 18,5 kgfm (álcool) a 2.800 rpm

Câmbio: manual de cinco velocidades
Suspensão: dianteira McPherson com rodas independentes e barra estabilizadora; traseira com rodas independentes e barra estabilizadora

Freios: a disco na dianteira e a tambor na traseira

Dimensões: 4,31 m de comprimento, 1,72 m de largura, 1,64 m de altura e 2,47 m de entreeixos

Tanque: 51 litros

Porta-malas: 460 litros

Preço: R$ 53.850



Peugeot 207 brasileiro reforça qualidades do 206
Modelo chega nas carrocerias hatch e SW, em cinco versões de acabamento

por LUÍS PEREZ, de Búzios (RJ)

O mesmo estilo esportivo todo particular, que marca o Peugeot 206 desde seu lançamento no Brasil, em 2001. Assim é o desempenho – ao mesmo tempo ágil e "nervoso" – do 207 que a marca francesa começou a fabricar no Brasil e que, a partir de agosto, começa a ser vendido nas versões hatchback (sem porta-malas saliente), em duas e quatro portas, e SW (perua). Dois meses depois, coincidindo com o Salão de São Paulo, a empresa inicia a comercialização do 207 Passion – sobrenome escolhido para a carroceria sedã.

Peugeot 207 - foto Divulgação
Peugeot 207 à brasileira: dianteira inspirada no modelo europeu

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Esse novo compacto traz 250 peças totalmente novas (as principais mudanças, além da evidente nova frente inspirada no 207 europeu, ocorreram na suspensão e na transmissão) e 1.000 componentes modificados, de acordo com informação do presidente da Peugeot do Brasil, Laurent Tasté. Segundo ele, a nova linha permitirá à marca mudar de dimensão no país, fortalecendo a sua posição comercial no principal segmento do mercado, o dos compactos.

Em avaliações realizadas por Interpress Motor nas versões hatch 1.4 e 1.6 entre as cidades do Rio e de Búzios (região dos lagos fluminense), o novo modelo provou ser espertíssimo, absolutamente estável e ágil, tanto nas arrancadas (uma das mudanças foi no software de injeção para melhorar o desempenho exatamente ao partir) quanto em ultrapassagens. Acelerador e volante respondem com destreza aos comandos do motorista. Para melhorar a dirigibilidade, o câmbio mecânico passou a ser acionado por cabos, o que neutraliza as vibrações na alavanca.

Peugeot 207 - foto Divulgação
Antena de teto na dianteira é marca do 1.4; no 1.6, ela fica atrás

Seu interior foi aprimorado e hoje lembra mais o "irmão maior" 307, tanto na disposição dos mostradores quanto na arquitetura cheia de curvas e cromados do painel, do que o antecessor 206. A crítica fica por conta dos comandos dos vidros elétricos, que continuam por meio de botões no console central, atrapalhados pela alavanca do freio de mão. Também houve pouquíssimas modificações na traseira – restritas a alguns grafismos na lanterna e a um pouco do pára-choque, com a nova disposição, por exemplo, da luz de neblina, agora na extremidade.

Porém, de acordo com Ana Theresa Borsari, diretora de marketing da Peugeot, a traseira era um dos pontos de que o consumidor mais gostava. Portanto, a opção foi mantê-la muito parecida com a do 206. O resultado do trabalho de 150 engenheiros que se debruçaram três anos sobre o projeto foi um veículo de dianteira bastante ousada, contemporânea em relação ao produto oferecido na Europa, mas com uma traseira que traz um quê de (para usar uma expressão francesa) déjà-vu.

Peugeot 207 - foto Divulgação
Na traseira, mudanças restritas a pára-choque e grafismo na lanterna

A dianteira de fato ficou muito bela para quem gosta de ousadia. De relance (ou em alguns ângulos de foto) é chega a ser difícil diferenciá-lo do 307. A grande tomada frontal, o pára-choque integrado ao capô, agora ostentando um imenso leão da marca, e o conjunto óptico alongado que deixa à mostra os canhões de luz dão um toque arrojado, arrematado pela grande entrada de ar frontal. Algumas versões se diferenciam pela presença da grade cromada na entrada de ar e dos faróis de neblina.

Se o esforço foi de reforçar o que a diretora chamou de "indicadores do 206", como boa imagem, performance e prazer de dirigir, o objetivo foi alcançado com louvor. Cai-se na velha questão: um automóvel totalmente novo, que fosse igual ao europeu, além de canibalizar o médio 307 (afinal, ainda não temos por aqui o 308...) sairia muito mais caro – e quem está de fato disposto a pagar por isso? Como está, o 207 tem preços a partir de R$ 37.790 na versão hatch e R$ 42.990 na perua.

Peugeot 207 - foto Divulgação
Interior claramente inspirado na "família 7" lembra o do médio 307

As rodas receberam desenhos dinâmicos, expressas no exemplar de 14 polegadas de alumínio com oito raios torneados (batizada de Kyalami) e na de 15 polegadas de dez raios estilizados (Interlagos), que contribuem para reforçar o dinamismo das silhuetas. Houve modificações no conjunto da suspensão, que traz agora novos amortecedores.

Todo o sistema foi retrabalhado, principalmente na traseira, composta por um eixo rígido de grande diâmetro fixo na carroceria, onde são ligados os dois braços que dão suporte às rodas. Também foi aperfeiçoado o isolamento acústico – o que diminuiu sensivelmente o nível de ruído no habitáculo.

Peugeot 207 SW - foto Divulgação
Perua com a nova dianteira chega com preços a partir de R$ 42.990

Esse tipo de suspensão utiliza barras de torção e os amortecedores são montados de forma inclinada. Dessa forma, o sistema recebeu nova curva de amortecimento, com uma evolução nos rolamentos de fixação dos braços da suspensão. Essa geometria permite a construção do piso plano do porta-malas e amplo por não influenciar no espaço do compartimento. A capacidade é exatamente a mesma do 206: 245 litros.

Há cinco versões de acabamento para cada uma das três configurações de carroceria (hatch, perua e sedã). Começa com a XR, que traz itens como maçanetas das portas, frisos laterais e capas do retrovisor na cor da carroceria. Há ainda ar-condicionado, direção hidráulica, vidros elétricos dianteiros e trava elétrica nas portas e porta-malas. Acima dela está a versão XR Sport, que incorpora, entre outros itens, antena curta traseira, retrovisores externos com regulagem elétrica, vidros elétricos traseiros e faróis de neblina dianteiros. As duas têm motor 1.4 Flex com potência entre 80 cv (cavalos) com gasolina e 82 cv (com álcool).

Peugeot 207 SW - foto Divulgação
Traseira da versão SW, como no hatch, muda muito pouco

Depois vem a versão XS, equipada com motor 1.6 Flex – potência entre 110 cv e 113 cv –, que traz também sensor de chuva para acionamento do limpador de pára-brisa, faróis com acendimento automático, computador de bordo e banco traseiro rebatível bipartido. Para aumentar a esportividade, essa versão vem ainda com tubo de escapamento cromado, tampa do tanque de combustível tipo aviação, grade da entrada de ar com pintura metalizada e frisos de proteção na cor da carroceria.

Por dentro há ainda um pacote que inclui pedaleiras de alumínio e textura preta antiderrapante, acabamento em alumínio para as soleiras das portas dianteiras, maçaneta do porta-luvas cromada, manopla de câmbio cromada com sanfona de couro, mostradores com molduras cromadas, entre outros detalhes. Depois vem a versão XS Automática (ou XSA), que difere da anterior por ser equipada com transmissão automática seqüencial e, por fim, a versão top de linha, que traz, além do câmbio automático, banco de couro e airbags frontal e lateral como opcionais.

Peugeot 207 Passion - foto Divulgação
Versão Passion, com carroceria sedã, só será vendida em outubro

Os preços de cada versão ficaram assim: nos hatches, XR 1.4 (duas portas), R$ 37.790; XR 1.4 (quatro portas), R$ 39.290; XRS 1.4 (duas portas), R$ 39.590; XRS 1.4 (quatro portas), R$ 41.090; XS 1.6 (duas portas), R$ 43.300; XS 1.6 (quatro portas), R$ 44.800; XS Automático 1.4 (quatro portas), R$ 48.800. Nas peruas (só quatro portas), XR 1.4, R$ 42.990; XRS 1.4, R$ 44.790; XSA 1.6, R$ 52.500. A versão aventureira Escapade (que pronuncia-se Escapáde, que em francês significa uma viagenzinha de lazer, e não Escapêide, como alguns insistem em pronunciar, como se fosse anglicismo) por enquanto será descontinuada. Mas deve retornar em breve.

O 206 continua em linha, na versão Sensation, como carro de entrada da marca, por preços a partir de R$ 28.690, podendo chegar a R$ 39.290. O sedã 207 Passion só terá o preço divulgado mais adiante. A marca espera vender, nos últimos meses do ano, cerca de 30 mil unidades da linha 207 no Brasil. "Graças ao 207 brasileiro, ainda neste ano deveremos ultrapassar a barreira dos 100 mil carros vendidos no país", diz Tasté. A projeção é em 2009 comercializar 130 mil veículos, saltando para 150 mil em 2010.

FICHAS TÉCNICAS
Peugeot 207 hatchback

Motor: dianteiro, transversal, quatro cilindros em linha, 8V (1.4) e 16V (1.6),
flex, 1.360 cm³ (1.4) e 1.587 cm³ (1.6) de cilindrada

Potência: 80 cv (gasolina) a 82 cv (álcool) a 5.250 rpm (1.4) e 110 cv (gasolina) a 113 cv (álcool) a 5.600 rpm (1.6)

Torque: 12,85 kgfm a 3.250 rpm (1.4) e 14,2 kgfm (gasolina) a 15,5 kgfm (álcool) a 4.000 rpm (1.6)
Direção: hidráulica
Câmbio: manual de cinco velocidades ou automático Tiptronic, de quatro velocidades, com opção de trocas seqüenciais
Suspensão: dianteira com rodas independentes, pseudo-McPherson, com amortecedores hidráulicos integrados; traseira com rodas indepdendentes, barras de torção transversais e barra estabilizadora
Freios: a disco na dianteira e a tambor na traseira (versões manuais) e a disco nas quatro rodas (versões automáticas)

Dimensões: 3,87 m de comprimento; 1,67 m de largura; 1,45 m de altura; 2,44 m de entreeixos

Peso: a partir de 1.033 kg
Tanque: 50 litros
Porta-malas: 245 litros
Preços:
XR 1.4 (duas portas), R$ 37.790; XR 1.4 (quatro portas), R$ 39.290; XRS 1.4 (duas portas), R$ 39.590; XRS 1.4 (quatro portas), R$ 41.090; XS 1.6 (duas portas), R$ 43.300; XS 1.6 (quatro portas), R$ 44.800; XS Automático 1.4 (quatro portas), R$ 48.800

Peugeot 207 SW

Motor: dianteiro, transversal, quatro cilindros em linha, 8V (1.4) e 16V (1.6),
flex, 1.360 cm³ (1.4) e 1.587 cm³ (1.6) de cilindrada

Potência: 80 cv (gasolina) a 82 cv (álcool) a 5.250 rpm (1.4) e 110 cv (gasolina) a 113 cv (álcool) a 5.600 rpm (1.6)

Torque: 12,85 kgfm a 3.250 rpm (1.4) e 14,2 kgfm (gasolina) a 15,5 kgfm (álcool) a 4.000 rpm (1.6)
Direção: hidráulica
Câmbio: manual de cinco velocidades ou automático Tiptronic, de quatro velocidades, com opção de trocas seqüenciais
Suspensão: dianteira com rodas independentes, pseudo-McPherson, com amortecedores hidráulicos integrados; traseira com rodas indepdendentes, barras de torção transversais e barra estabilizadora
Freios: a disco na dianteira e a tambor na traseira (versões manuais) e a disco nas quatro rodas (versões automáticas)

Dimensões: 4,07 m de comprimento; 1,67 m de largura; 1,48 m de altura; 2,44 m de entreeixos

Peso: a partir de 1.113 kg
Tanque: 50 litros
Porta-malas: 313 litros
Preços:
XR 1.4, R$ 42.990; XRS 1.4, R$ 44.790; XSA 1.6, R$ 52.500

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