Este é o carro mais seguro do mundo’. Assim Anders Norinder, o novo presidente da Volvo para a América Latina, descreveu o XC60, o novo crossover da marca. Com estilo futurista, o SUV médio chega para ser líder do seu segmento, como espera o comandante da empresa. ‘Já vendemos 400 unidades e a expectativa é entregar 1.000 carros até o fim do ano e transformá-lo em nosso carro-chefe, vendendo mais do que o hatch C30’, disse Marcos Saade, diretor de vendas e marketing.
Para cumprir os objetivos, o XC60 entrega um motor turbo de seis cilindros em linha com 285 cv de potência e 40 kgfm de torque. Tudo isso acoplado a um câmbio automático de seis velocidades com tração integral. O preço é outro atrativo, começando em R$ 138.500 para a versão Comfort; R$ 156.500 para a Dynamic; e R$ 165.900 para a Top.
De série, o carro já traz ar-condicionado eletrônico, seis airbags, freios ABS com distribuição eletrônica, e o exclusivo City Safety, um sistema que detecta objetos à frente e freio o carro automaticamente. O equipamento funciona abaixo de 30 km/h e reduz a velocidade para amenizar os estragos da batida. Abaixo de 15 km/h, a montadora garante que o carro para antes da colisão. Ao menos na pista de testes montada pela Volvo, o City Safety funcionou perfeitamente.
As principais diferenças entre a Dynamic e a Comfort são o assento com regulagem elétrica para o passageiro, sistema de informação de ponto cego, Bluetooth, sensor de estacionamento traseiro e dianteiro, faróis bi xenon e rodas de 18 polegadas. A Top inclui teto solar panorâmico, sistema que controla a qualidade do ar interno, comunicador pessoal e sistema que dispensa a chave para a abertura das portas e ignição. Além disso, a versão mais cara conta com um sistema de som com 10 alto-falantes, contra o de oito caixas dos dois modelos mais baratos.
Crossover é rápido e confortável
É fácil se acomodar ao volante do XC 60. O banco do motorista tem regulagem elétrica e conta com três opções de memória. O volante também tem ajuste de altura e profundidade. Os comandos estão à mão e são intuitivos no uso. Bom exemplo é o controle do ar-condicionado que conta com o desenho de um boneco, mostrando o direcionamento do ar. A tela com a temperatura fica no alto do console. Logo abaixo dela, porém, há um estranho espaço vazio. É lá que fica a tela do navegador da versão vendida na Europa. Quem quiser o GPS aqui no Brasil, pode comprar o item como acessório na concessionária.
A ignição é dada depois que encaixar a chave em uma fenda ao lado do volante e apertar um botão. O som dos seis cilindros em linha surge discretamente, graças ao bom isolamento da cabine. Com um toque no acelerador, o motor mostra todo seu vigor e acelera com vontade. O câmbio troca de marchas rapidamente com um bom escalonamento. O motorista também pode escolher cambiar manualmente, com trocas rápidas. Se a necessidade for de uma ultrapassagem, o câmbio responde rapidamente à vontade do motorista e reduz uma marcha. O barulho do motor fica mais evidente, mas este problema pode ser resolvido ao ligar o sistema de áudio de oito ou dez alto-falantes.
Em uma avaliação na Rodovia Ayrton Senna e na Mogi-Dutra, estradas que levam ao litoral norte paulista, o Volvo mostrou que não tem segurança só na lista de equipamentos, mas também na sensação que passa aos ocupantes. A suspensão é firme e não oscila em ondulações. Também se mostra seguro nas curvas, sem grandes inclinações para o porte do carro. Mas, se alguém abusar, o carro conta com controle de estabilidade e de tração de série.
Dentro da cabine, o crossover tem bom acabamento com revestimentos em couro e plásticos pintados de cinza. Na unidade testada, havia um barulho na forração da porta, sinal de peça mal encaixada. O espaço para os ocupantes da frente é generoso, assim para quem vai atrás. O porta-malas também é grande, com capacidade para 495 litros até o tampão ou 710 litros até o teto.
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