quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

SEGURANÇA
Nos EUA airbag já salvou mais de 14 mil pessoas
Sem o uso também do cinto, eficácia das bolsas infláveis cai em mais de 50%
Entre os mais discutidos recursos de segurança passiva – os que diminuem as consequências de um acidente – estão airbags ou bolsas de ar. Desenvolvido originalmente para aviões durante a Segunda Guerra Mundial (1939-45), o sistema só chegou aos automóveis em 1980. Coube a primazia ao Mercedes-Benz Classe S (top de linha), após 13 anos de pesquisas.

Era um dispositivo muito caro, tanto que só em 1992 se tornou equipamento de série em todos os modelos da marca. A disseminação das bolsas ocorreu primeiro nos EUA. Havia resistência dos motoristas ao uso obrigatório dos cintos de segurança, e as autoridades levaram a indústria a instalar de forma compulsória um sistema de retenção suplementar (sigla em inglês de SRS).

Por esse motivo, os primeiros airbags tinham grandes volumes e precisavam ser inflados com velocidade muito alta. Isso causou algumas fatalidades entre pessoas de baixa estatura e peso. Dessa forma se provou indispensável o uso dos cintos de segurança que respondem, até hoje, por 70% da proteção dos ocupantes em acidentes potencialmente mortais, cabendo os outros 30% aos airbags. A eficiência destes, sem os cintos, cai em mais de 50%.

Airbag - foto Divulgação

Airbag - foto Divulgação
O airbag chegou aos carros de passeio após 13 anos de estudos

No início os airbags eram apenas frontais. As bolsas laterais apareceram pela primeira vez em 1995, em um Volvo 850 para proteger quadril e do tórax em colisões transversais. Pouco depois chegaram as cortinas infláveis de teto para as cabeças dos ocupantes.

Mais recentemente surgiu proteção para os joelhos dos motoristas e já se estuda também para os pés. Automóveis com dois airbags frontais, quatro laterais, dois de teto e um de joelhos (total de nove peças) serão mais comuns daqui para frente, em especial nos modelos caros.

Até mesmo em conversíveis já é possível preservar os ocupantes em batidas laterais ou capotagens. O Porsche 911 Cabriolet foi o primeiro a deslocar as bolsas laterais do banco para as portas, trazendo mais segurança ao tórax e à região do pescoço. O Volvo C70 conversível vem equipado com bolsas mais altas, que incluem tubos infláveis multicamadas, capazes de dar um suporte firme às cabeças dos ocupantes dos bancos dianteiros.

E por que não em motocicletas? Pois saiba que a Honda GL 1800 Gold Wing, fabricada nos EUA e já à venda no Brasil, dispõe do primeiro sistema de proteção por bolsa inflável em forma de "V" invertido. Estudos apontam que o componente reduzir em até 33% as mortes entre condutores de veículos de duas rodas.

Honda Gold Wing - foto Divulgação

Honda Gold Wing - foto Divulgação
A moto Honda Gold Wing, primeiro veículo do gênero com o item

As pesquisas continuam no intuito de novos aperfeiçoamentos. Alguns modelos da Volvo terão um recurso de ventilação ativa. Objetivo é adaptar, por meio de sensores pós-colisão ultravelozes, o grau de absorção da almofada de acordo com o peso do ocupante e a velocidade do choque.

O tempo em que a bolsa desinfla também importa, pois o motorista pode ficar por frações de segundo sem visibilidade. Isso dificulta o controle ao volante no tipo de acidente em que, após a primeira batida, o veículo continua em movimento: se ocorrer um segundo choque, só os cintos continuarão atuando.

Mesmo sem alcançar a perfeição, as bolsas, desde 1987, já salvaram, até o último ano, 14 mil vidas, só nos EUA, onde há a maior frota do mundo com o equipamento.


Polo Bluemotion: o caça níquel


Fiquei contente em ter recebido o Polo Bluemotion para praticar a minha fama de "pão duro". Um carro feito para economizar combustível, hein? Em tempos de crise econômica, contas de início de ano para pagar então, nada mais oportuno. Que velocímetro e contagiros que nada. Fiquei de olho mesmo é no marcador do nível de combustível e no consumo mostrado pelo computador de bordo, item de série nessa nova versão, que começa a ser vendida a partir de R$ 46.270 com uma lista considerável de equipamentos que inclui ar-condicionado digital e som com entrada USB e SD Card. Ficou animado? Calma, a cereja do bolo ainda está por vir.

Dando uma olhada por fora, já percebo uma série de diferenças em relação às outras versões do Polo 1.6, que são o sonho de qualquer "mão de vaca," como eu. A grade dianteira é mais fechada e tem formato aerodinâmico, para ter menor resistência do ar e, por isso, economizar combustível. Com o mesmo objetivo, os pára-choques vêm com defletores de ar e existe um discreto aerofólio na traseira. Além disso, a suspensão é rebaixada e o carro perdeu 32 kg de peso. Mas a melhor parte é que os pneus Dunlop SP 10 165/70R 14 são feitos para ter menos atrito com o solo, não apenas por causa do formato da banda de rodagem, mas também pela composição, que inclui uma sílica especial. Até as palhetas dos limpadores do tipo "Aerowisher" foram desenhadas para terem menos atrito com o ar, economizando assim, alguns centavos, que beleza...

Então lá fui eu para casa com o carro. No percurso de 22 quilômetros, a maioria deles em rodovia, apenas comigo a bordo, o carro fez 14 km/l de média com álcool conforme o computador de bordo, número bem próximo ao que a Volkswagen divulga como consumo na estrada (14,1 km/l) Fica claro que o atrito dos pneus com o solo é menor e o carro deslancha com mais facilidade. Isso permite pisar menos no acelerador, aproveitando o embalo. Mas resolvi fazer um teste em condições mais severas. Totalmente carregado, numa viagem de 180 quilômetros, que inclui trechos de serra, a média com álcool foi de surpreendentes 12,5 km/l. Na cidade, a fabricante diz que o carro faz 9,1 km/l, com álcool. Imagine o que o Polo Bluemotion europeu faz com diesel então? Surpreendente.

AVALIAÇÃO
Conceito elétrico da Fiat, FCC II é divertido
Bom de curvas, modelo que custou R$ 1,5 milhão à fabricante desenvolve 80,2 cv


Quem viu o FCC II (Fiat Concept Car II) no Salão de São Paulo possivelmente deve ter pensado o mesmo que este repórter: "Será que essa coisa anda mesmo?". A resposta tivemos na tarde desta quarta (18), quando pudemos acelerar o carro-conceito elétrico da fabricante de Betim (MG) em um kartódromo perto da capital paulista.
Esse "laboratório ambulante" custou R$ 1,5 milhão à Fiat. Seu apelido interno é Bugster – mistura de bugue e roadster –, mas o nome não pôde ser utilizado pelo fato de o registro de "bugue" pertencer a outra empresa. Mas vamos ao que interessa, que são as impressões ao dirigir.

Fiat FCC II - foto Luís Perez

Fiat FCC II - foto Luís Perez
O FCC II, ou Bugster, conceito da Fiat mostrado no Salão de SP

Entro sem dificuldades no cockpit do modelo. Há um quê de esportividade no ar. Afivelo o cinto de cinco pontos, giro a chave, e o silêncio é total. Baixinho, funciona o compressor elétrico, nada que se compare a um automóvel a combustão (o FCC II é nível zero de emissões).

No console central, além de um navegador (desligado durante o teste), há botões que fazem as vezes de câmbio, com as letras "N" (neutro), "D" (drive) e "R" (ré), além do "ELD" (sim, o diferencial autoblocante Locker, lançado com a Palio Adventure, equipa o modelo) e do triângulo do pisca-alerta.

Aperto o "D" e acelero. Nada de ruído, a não ser o do atrito dos pneus com o asfalto. Embora o modelo seja apresentado como off-road, não nos aventuramos em trechos de terra, pois havia outros colegas jornalistas para avaliá-lo – e fotografá-lo.

O carro acelera bem, chego a atingir 100 km/h em alguns trechos (de acordo com a Fiat, a máxima é 120 km/h). O carro é muito bom de curvas, embora a direção seja mecânica (sim, é mais dura só na hora de manobrar). A potência de 59 kWé equivalente a 80,2 cv (cavalos), enquanto o torque (força) máximo chega a 22,9 kgfm. O câmbio é Dualogic, mas fixo na terceira marcha (não há trocas).

Fiat FCC II - foto Luís Perez

Fiat FCC II - foto Luís Perez
No alto, silhueta do modelo, que custou R$ 1,5 mi; acima, a traseira

Seu motor elétrico é alimentado por 93 baterias de íons de lítio, que podem ser recarregadas em qualquer tomada de 220 volts. "O custo em relação a um motor a combustão é de 20%", esclarece Toshi Noce, engenheiro de produto da Fiat.

Ou seja, imagine desembolsar apenas um quinto em combustível, não emitir poluentes e não fazer barulho. Dirigir o FCC II é muito divertido. É possível sentir o vento no rosto e aproveitar o ar puro. Só não agrada muito a quem curte ouvir o ronco de um motor.

Com apenas 980 kg (menos do que a maioria dos "populares" do mercado), o FCC II mede 3,25 metros de comprimento, 1,81 m de largura e 1,48 m de altura. O entreeixos é generoso para esse tipo de carro, 2,26 m, o que proporciona boa dirigibilidade. O vão livre do solo é de 19,3 centímetros (mais baixo do que uma Palio Adventure, que tem 20 cm). As rodas são enormes – 19 polegadas, com peneus 255/55 R19.

Fiat FCC II - foto Luís Perez

Fiat FCC II - foto Luís Perez
Outra da traseira (no alto); acima, interior com câmbio por botões

Por fora, o design é arrojado. O modelo tem cara de mau, reforçada pelos LEDs de iluminação (na dianteira e na traseira) e pelos faróis, que incorporam a tecnologia bixenon. Todo o modelo é ambientalmente correto. A carroceria é de fibras naturais de fontes renováveis.

O capô, por exemplo, foram injetados em compósito com nanoargila. A espuma dos bancos é feita com 30% de poliol de óleo de soja reciclado, material já usado nos bancos dos carros da Fiat, mas em escala bem menor, 5%. "O modelo foi todo inspirado na natureza", diz Manuel Alexandre Ferreira, responsável pelo design do FCC II. Seria ótimo se todos os automóveis fossem como ele.


Marcopolo produz ônibus de luxo para o Oriente Médio
Quem disse que viagens de ônibus não podem ser bastante luxuosas? A empresa gaúcha Marcopolo concluiu a produção da primeira unidade de um pedido inicial de dez ônibus rodoviários Paradiso 1200, desenvolvido especialmente para ser utilizado no transporte de ministros de países do Oriente Médio. O veículo foi embarcado para Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos.

O Paradiso 1200 tem acabamento totalmente diferenciado dos modelos utilizados para o transporte rodoviário normal e equipamentos que ampliam o conforto e o luxo, como detalhes em metal dourado. Para facilitar e permitir a realização de reuniões durante os deslocamentos, foram instaladas 20 poltronas de couro nas laterais do veículo, em formato de salão, uma de frente para a outra. As poltronas foram produzidas com materiais nas cores champanhe e ouro, criando uma ambiente sofisticado.

Marcopolo Paradiso 1200 - foto Divulgação
Marcopolo Paradiso 1200 - foto Divulgação
O Paradiso 1200, da Marcopolo: luxo para ministros do Oriente Médio

Construído sobre plataforma Mercedes-Benz O500RS, o Paradiso Marcopolo traz ainda isolamento térmico especial, que minimiza a absorção do calor, além de um sistema de ar-condicionado que refrigera todo interior do veículo. O modelo é equipado com freio retarder, TV, aparelho de DVD e cozinha completa, com geladeira, pia, micro-ondas e armários.

Mitsubishi: Três novos modelos no Brasil

Carsale - A MMC Automotores do Brasil, representante da Mitsubishi Motors, acaba de divulgar nota sobre a ampliação da produção na fábrica da marca em Goiás, conforme anunciado pelo jornal japonês Nikkei nesta quarta-feira (25). Segundo a MMC, há algum tempo a empresa tem estudado alternativas de modelos que pudessem ser produzidos no Brasil.

Quatro modelos estão em análise, mas apenas três serão escolhidos pela fabricante, com potencial de exportação para América Latina e Caribe. "Os elevados padrões de qualidade e tecnologia da unidade de produção brasileira foram fatores determinantes para a consolidação desta estratégia", afirma a MMC. A empresa anunciará qual será o primeiro modelo selecionado daqui a 60 dias. Os outros dois veículos
serão definidos até o final desse ano.

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