quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Rússia e Brasil foram os mercados que mais cresceram em 2008


A Rússia e o Brasil foram os países que obtiveram no ano passado as maiores taxas de crescimento na comercialização de veículos automotores. Com 2,92 milhões e 2,67 milhões, respectivamente, os dois cresceram 14,2% em relação a 2007, quando haviam licenciado 2,56 milhões e 2,33 milhões. Os números são da Jato do Brasil, empresa de informações automotivas.

De acordo com o estudo, a China cresceu 6,9%, passando de 6,07 milhões para 6,49 milhões de unidades comercializadas, enquanto a Índia cresceu 0,8%, de 1,65 milhão para 1,66 milhão. Assim, entre os emergentes, a China ocupa a vice-liderança do mercado mundial (atrás portanto dos EUA), enquanto Rússia fica em quinto lugar, Brasil em sexto e Índia em décimo.

Os EUA também lideram entre os resultados negativos. Com 13,22 milhões de unidades emplacadas no mercado interno, a queda foi de 18%. Em 2007 os norte-americanos adquiriram 16,12 milhões de unidades. A segunda maior queda foi na Itália, com 13%. Em 2008 foram emplacados no mercado italiano 2,38 milhões de veículos contra 2,73 milhões no ano anterior. Na Grã-Bretanha, a redução nas vendas internas alcançou 11,7% (2,42 milhões contra 2,74 milhões de unidades).

No Japão, o terceiro maior mercado interno do mundo, a queda foi de 5,2% (5,06 milhões contra 5,33 milhões em 2007). Na Alemanha, quarto maior mercado do planeta, o recuo foi de 1,7% (3,31 milhões, ante 3,37 milhões). Na França as vendas recuaram 0,6% (2,51 milhões ante as 2,52 milhões de unidades em 2007).

"Somente no último trimestre do ano passado, os EUA viram suas vendas internas caírem, em números absolutos, 1.317.673 de veículos automotores", observa Luiz Carlos Augusto, diretor de vendas e marketing da Jato do Brasil. Ele ressalta que EUA, Grã-Bretanha e Itália amargaram quedas de vendas em seus mercados internos em todos os quatro trimestres de 2008 em relação aos mesmos períodos de 2007.

Confira os top ten do mercado em 2008

EUA: 13.221.150

China: 6.492.553

Japão: 5.060.639

Alemanha: 3.318.310

Rússia: 2.923.540

Brasil: 2.670.884

França: 2.510.555

Grã Bretanha: 2.421.256

Itália: 2.381.667

Índia: 1.665.795


Nissan revela uma série de novidades em Genebra


da Redação

A Nissan programa várias estreias para o Salão de Genebra (Suíça), em março. Na exposição será mostrado pela primeira vez o carro-conceito Qazana, um crossover compacto construído na esteira do sucesso de modelos como Murano e Qashqai. O Qazana apresenta design com linhas amplas e esportivas, com desenho do pára-lamas mais alongado e rebaixado.

Outra estreia mundial será a apresentação da versão carro de passeio da família NV200. Segundo a marca, o veículo é projetado para oferecer uma forma prática e acessível de transporte para famílias. Traz três fileiras com portas corrediças, para fácil acesso na parte dianteira. O amplo espaço interno pode ser configurado de diferentes formas para acomodar até sete passageiros, deixando também um bom espaço para bagagem.

Nissan 370Z - foto Divulgação

Nissan Pixo - foto Divulgação
Nissan 370Z (no alto) e Pixo (acima): carros da Nissan em Genebra

Será também a primeira vez que a Nissan mostra na Europa o novo 370Z (que deve chegar às concessionárias da região em julho), o Cube (ícone no mercado japonês que será vendido na Europa a partir de novembro) e o Pixo, um dos modelos com câmbio automático mais acessíveis do mercado europeu. Equipado com motor 1.0 de três cilindros, ele começa a ser vendido na Europa a partir de junho.

Durante o salão também estará exposto o X-Trail Platinum, uma versão do utilitário esportivo com novas rodas aro 18, sistema de áudio premium Bose com oito alto-falantes, tomada para MP3 player no compartimento central, além da pintura especial Scratch Shield Paint, desenvolvida para oferecer extra proteção evitando riscos e arranhões nas lavagens. O X-TRAIL Platinum será vendido no mercado europeu a partir de março.

Acordo Fiat-Chrysler está a duas semanas da decisão


da redação

Falta pouco para que o acordo entre a fabricante italiana Fiat e a norte-americana Chrysler saia do papel. Por enquanto, ficou definido que a Chrysler tem até o dia 17, uma terça-feira, para apresentar um plano de ação viável, sob os termos da ajuda governamental que recebeu.

A Fiat deverá ficar com 35% da montadora norte-americana, que poderá utilizar o know-how da empresa européia para expandir sua gama de veículos menores e menos poluentes. Por enquanto o momento é de análise das operações de produção da Chrysler, segundo afirmou o CEO da Fiat, Sergio Marchionne, ao "Wall Street Journal".

Segundo ele, a Fiat não deverá injetar dinheiro na Chrysler, mas fornecer a tecnologia para carros pequenos, que custariam pelo menos US$ 3 bilhões para ser desenvolvidos.
Leitor flagra picape baseada no Peugeot 207


por LUÍS PEREZ

A perua 207 Escapade não é a única rival de um modelo da Fiat que a Peugeot deve colocar no mercado. A marca francesa pretende lançar no Brasil uma versão picape derivada do hatchback 207, apresentado em meados do ano passado. Uma unidade em testes foi flagrada pelo leitor Luís Henrique Pimentel, de Resende (RJ), cidade próxima à fábrica fluminense de Porto Real, onde fica a planta da PSA Peugeot Citroën.

Peugeot 207 picape - foto Luís Henrique Pimentel

Peugeot 207 picape - foto Luís Henrique Pimentel
Peugeot 207 picape: fotografada durante testes em Resende (RJ)

O modelo deverá trazer as mesmas qualidades de robustez da Escapade (leia aqui). A unidade testada já traz os faróis salientes, típicos da linha 207. Interpress Motor apurou, no entanto, que o lançamento não deve ocorrer neste ano – apenas em 2010. O modelo concorrerá com Fiat Strada, Chevrolet Montana e uma renovada Volkswagen Saveiro.,

Focus 2.0 Flex é eleito "o" lançamento de 2009


da Redação

O novo Ford Focus em sua versão 2.0 Flex foi eleito o lançamento mais importante de 2009 em enquete realizada nas últimas duas semanas por Interpress Motor. O médio importado da Argentina ficou com 26,65% dos 2.060 votos dos internautas, seguido por Volkswagen Tiguan, com 17,86%, e Chevrolet Captiva Ecotec, com 15,83%.

Ford Focus hatch - foto Divulgação
Ford Focus: versão flex é lançamento do ano, segundo internautas

Esse resultado demonstra como o modelo da Ford tem adeptos, pois repete o resultado de enquete semelhante realizada no ano passado (leia aqui), quando o lançamento era do Focus idêntico ao europeu. O modelo foi apresentado oficialmente em setembro, na cidade argentina de San Carlos de Bariloche (leia aqui).

Confira o resultado completo da enquete

Ford Focus 2.0 Flex: 26,65%
Volkswagen Tiguan: 17,86%
Chevrolet Captiva Ecotec: 15,83%
smart fortwo: 9,17%
Citroën C4 hatch: 8,64%
Kia Soul: 5,19%
Fiat Palio 2010: 4,47%
Audi Q5: 4,37%
Honda Civic 2009: 3,93%
Nissan Livina: 3,88%

A multiplexagem, essa coisa de cinema
Poder de processar dados no carro já ultrapassou nave que levou homem à Lua

por FERNANDO CALMON

O conteúdo elétrico e eletrônico nos veículos continua a crescer com a instalação de novos acessórios e recursos. Sistemas como ABS, ESP (e uma sopa de letrinhas que o marketing cria), navegadores, radares, sensores de distância, airbags, iluminação, climatização, bem como controles de motor, caixa de câmbio e suspensões.

Isso tudo sem esquecer os sofisticados aparelhos de áudio, que requerem computadores e programas. Ao mesmo tempo, muitas operações antes ativadas hidráulica ou mecanicamente estão sendo substituídas por atuadores elétricos e eletrônicos, resultando em número elevado de circuitos, interruptores e controles.

Um automóvel moderno vem equipado com 40 a 60 computadores responsáveis por mais de 50 funções. E não pára por aí: estima-se que 90% das futuras inovações tecnológicas venham de origem eletroeletrônica. Para isso, a potência de cálculo duplica a cada quatro anos.

O poder de processar dados, como comparação, há muito deixou para trás o módulo espacial americano do projeto Apollo que pousou na Lua, em 20 de julho de 1969. Sistemas de distribuição elétrica formam uma intrincada rede de fios que precisam seguir diferentes rotas, têm comprimento variável e recebem diversos conectores.

Multiplexagem - foto Divulgação
O emaranhado de fios pode ser diminuído com a multiplexagem

Na realidade, mais de 800 metros de cabos percorrem um carro. Mas poderia atingir proporções bem maiores. A extensão, a complexidade, o peso e os custos envolvidos (fios de cobre encareceram bastante nos últimos anos) seriam um enorme problema a resolver, se a eletrônica, outra vez, não houvesse entrado em cena. Trata-se do conceito de multiplexagem, herdado dos aviões, para simplificar chicotes elétricos e cabeamento.

Reduzindo em 30% o número de fios no veículo, a multiplexagem é formada por uma rede de processadores conectados a uma unidade central de supervisão e monitoramento, que inclui gerenciamento eletrônico do motor responsável pelo sistema integrado de injeção e ignição entre as funções primárias. Para saber se o seu automóvel é multiplexado, basta acionar o interruptor da luz de cortesia: deve ocorrer um pequeno retardo para a lâmpada acender, como ocorre nos aviões mais modernos.

Multiplexagem - foto Divulgação
Sistema auxilia em segurança, conforto e proteção ambiental

Jean Leflour, gerente de arquitetura eletroeletrônica dos veículos da PSA Peugeot Citroën, explica o impacto nos veículos: "Garante maior segurança, conforto e proteção ambiental. Requer, porém, um trabalho intenso de integração, compatibilidade, robustez, funcionalidade e validação. Nessa área não existem meios-termos. Temos de anular qualquer possibilidade de instabilidade, interferência ou informações mal interpretadas".

Componentes eletrônicos representam, por enquanto, 30% do custo de fabricação de um carro. O maior desafio é aplicar as novas tecnologias em modelos mais baratos. Ganhos significativos estão surgindo graças à padronização, que ajuda a diminuir custos e tempo de desenvolvimento.

Existe desde 2003 o programa internacional Autosar, reunindo fabricantes de veículos e de autopeças, com o objetivo de criar e aperfeiçoar arquiteturas padronizadas de programas de gerenciamento. É o único meio de ampliar os domínios da eletroeletrônica, sem deixar de fora os modelos mais acessíveis. Um desafio e tanto para o futuro.


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