quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Chrysler anuncia paralisação de fábricas por um mês

A montadora norte-americana Chrysler, terceira maior dos Estados Unidos, anunciou que os efeitos da crise de crédito, da baixa nas vendas e da reviravolta no plano de ajuda do governo -- um pacote de US$ 14 bilhões, que iria também para a GM, chegou a ser aprovado por deputados, mas foi barrado no senado, após polêmica entre republicanos e membros de sindicatos -- a levarão a interromper a produção em todas as suas 30 fábricas por um mês, a partir do próximo dia 19 de janeiro, estendendo assim o período de pausa dos feriados de final de ano a cerca de 46 mil trabalhadores. A interrupção na produção, chamada de "paralisação técnica", servirá para "manter a produção e os estoques alinhados à atual demanda do mercado americano", declararam porta-vozes da Chrysler. Mas além de significar um corte de gastos para a já combalida estrutura da montadora, a paralisação é um reflexo da redução da demanda por veículos com o agravamento da crise econômica nos EUA.
"Como resultado da crise financeira, o mercado automotivo continua comprimido por causa da escassez de crédito para potenciais compradores", disse a empresa em comunicado. As vendas da Chrysler nos Estados Unidos caíram 47% em novembro, após um recuo de 35% em outubro e de 33% em setembro.A empresa ainda deixou aberta a possibilidade de que as operações não voltem à normalidade depois de um mês. "Os empregados não irão voltar ao trabalho antes do dia 19 de janeiro", afirmou a empresa. Sem a ajuda de US$ 14 bilhões à indústria automotiva, a Casa Branca estuda agora outras maneiras de ajudar o setor, mas afirmou na terça-feira que as empresas terão que fazer "concessões".GM E FORDAlém da Chrysler, a Ford também afirmou que irá estender o tradicional recesso de duas semanas para os feriados de final de ano em dez de suas fábricas na América do Norte, que ficarão paradas até o dia 12 de janeiro, uma semana além do normal. Na semana passada, a General Motors anunciou um corte de 30% em sua produção na América do Norte.

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