segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Senado rejeita ajuda à GM, Chrysler e Ford

Pacote de US$ 14 bilhões não sai; GM se previne para concordata
As três grandes montadoras norte-americanas não passam dois dias sequer com boas notícias. Depois de ter sido aprovado nessa quarta-feira (10) na Câmara, o pacote de socorro de US$ 14 bilhões (cerca de R$ 35 bilhões) que seria oferecido à GM, Chrysler e Ford foi barrado no Senado, informou na noite dessa quinta-feira (11) Harry Reid, líder dos democratas.
O principal foco de resistência parte de um grupo de senadores republicanos (historicamente mais conservadores que os democratas), que não vêem com bons olhos o emprego de verbas públicas no socorro às multinacionais.
Em um momento que parecia anteceder o anúncio certo da liberação das verbas e um resfriamento da crise, o impasse complica em especial a situação de GM e Chrysler, que já não teriam caixa para operar no ínicio de 2009, segundo seus representantes.
Concordata à vista
Se antes a GM negava com veemência a possibilidade de pedir concordata, já não o faz mais. A montadora reconheceu em nota que analisou a adoção da medida, mas não considerou que isso vá resolver os problemas de liquidez do grupo.
O conglomerado que controla a Chevrolet ainda admitiu ter contratado assessores jurídicos e banqueiros para "enfrentar todas as emergências possíveis", leia-se concordata ou falência. Tudo isso depois de ter dito publicamente que "desapontou" e "traiu" os consumidores, além de ter oferecido carros com "design sem brilho"
Das três grandes, a empresa presidida por Rick Wagoner é a que enfrenta a situação mais grave. Ao lado (ou junto, já que é impossível saber exatamente qual delas "respira" com mais dificuldades) está a Chrysler.
A Ford também corre riscos, mas tem um pequeno fôlego em relação às conterrâneas. Especialistas advertem, porém, que a quebra de uma delas causaria um efeito dominó, provocando conseqüências desastrosas na já fragilizada economia mundial. E aí não é preciso ser economista para prever o que virá a seguir

Nenhum comentário: