Preocupados com a poluição do ar, os belgas estão implantando medidas de restrição ao trânsito para os dias em que a contaminação atmosférica atinja níveis muito altos. A partir de janeiro do ano que vem, caso ocorram picos de poluição, a circulação de veículos em Bruxelas, capital do país, sofrerá várias restrições.
A regulamentação varia de acordo com o nível de contaminação do ar. Caso a qualidade do ar comece a piorar, num primeiro estágio a velocidade máxima permitida nas ruas e avenidas será limitada a 50 km/h e, no anel rodoviário que contorna Bruxelas, a 90 km/h.
Par ou ímpar - Num segundo nível de poluição, mais grave, metade da frota será tirada de circulação em dias alternados, de acordo com o algarismo final da placa de licenciamento. Veículos de carga não poderão circular nas horas de pico.
As medidas também procuram compensar o desconforto que irão provocar para os motoristas: está previsto o reforço do sistema de transportes públicos, que nos dias de emergência serão gratuitos.
Como os picos de poluição costumam acontecer nos meses de inverno, quando o frio dificulta a dispersão dos gases nocivos à saúde, também foi criada uma restrição quanto aos sistemas de aquecimento usados nas residências e prédios comerciais, responsáveis por 7 a 9% das emissões que provocam o fenômeno do smog (nevoeiro combinado à contaminação atmosférica). Para reduzir sua influência, em nenhum local serão permitidas temperaturas ambientes acima de 21º C.
Baixa probabilidade - A população local torce para que não sejam atingidos níveis extremos de poluição, já que a lei prevê, para esse caso, a suspensão total da circulação. Felizmente, os dias de alta poluição em Bruxelas são pouco comuns. Em média, o nível 1, que provocaria as primeiras restrições, só ocorre três vezes por ano e o 2, mais grave, acontece uma vez a cada dois anos e meio. O nível crítico, ainda mais alto, nunca ocorreu na cidade.
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